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Revista M&T - Ed.216 - Setembro 2017
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Elevadores

Eficiência no transporte em altura

Com baixo custo de instalação e altos níveis de segurança, elevadores de cremalheira brigam por espaço na movimentação de cargas e pessoas a grandes velocidades

Em setores complexos como construção, petroquímica, hidrelétrica, siderurgia e offshore, as grandes obras normalmente necessitam transportar pessoas e cargas verticalmente, erguendo-as do solo ou de outra superfície até alturas elevadas. E uma das melhores opções para realizar este trabalho são os elevadores de cremalheira, máquinas para transporte vertical que funcionam por meio de engrenagens para movimentar cargas pesadas a velocidades consideráveis.

Estruturalmente, esses equipamentos têm em média entre 2 e 3 m de comprimento e 1,1 m e 1,5 m de largura, podendo transportar até 2 t a uma velocidade de 40 m/min. Isso significa que essa máquina tem uma grande força motriz e pode transportar ferramentas, materiais e pessoas, com segurança e eficiência. A maioria dos modelos existentes no mercado é equipada com features como torre metálica feita de tubos de aço carbono, cabine com fechamento (lateral e superior) em tela metálica, porta articulada ou tipo guilhotina, escada interna para acesso ao teto, piso antiderrapante e sistema elétrico de operação.

A movimentação do equipamento é feita por uma estrutura circular dentada, denominada pinhão, que faz movimentos rotativos sobre uma superfície com pinos simétricos, chamada de cremalheira. São peças simples e de fácil montagem, que podem ser transportadas com facilidade, devido ao seu tamanho compacto e baixo peso.

Nas obras, esse tipo de máquina pode ser instalado tanto na fachada da construção quanto no poço do elevador que será colocado de forma definitiva no prédio. Para evitar acidentes, o equipamento possui freios de segurança do tipo paraquedas, que são acionados automaticamente quando a descida exceder em 15% a velocidade normal. Além disso, alguns modelos dispõem de outros dispositivos de segurança, como um sistema que só permite sua movimentação quando as portas estiverem completamente fechadas, garantindo a integridade de tudo o que estiver sendo transportado no seu interior.

Outro sistema, de travas elétricas, é acionado quando a capacidade máxima de carga do elevador é ultrapassada, bloqueando o movimento. Isso garante que a máquina não será forçada e a subida será feita sem incidentes.

SEGURANÇA

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Em setores complexos como construção, petroquímica, hidrelétrica, siderurgia e offshore, as grandes obras normalmente necessitam transportar pessoas e cargas verticalmente, erguendo-as do solo ou de outra superfície até alturas elevadas. E uma das melhores opções para realizar este trabalho são os elevadores de cremalheira, máquinas para transporte vertical que funcionam por meio de engrenagens para movimentar cargas pesadas a velocidades consideráveis.

Estruturalmente, esses equipamentos têm em média entre 2 e 3 m de comprimento e 1,1 m e 1,5 m de largura, podendo transportar até 2 t a uma velocidade de 40 m/min. Isso significa que essa máquina tem uma grande força motriz e pode transportar ferramentas, materiais e pessoas, com segurança e eficiência. A maioria dos modelos existentes no mercado é equipada com features como torre metálica feita de tubos de aço carbono, cabine com fechamento (lateral e superior) em tela metálica, porta articulada ou tipo guilhotina, escada interna para acesso ao teto, piso antiderrapante e sistema elétrico de operação.

A movimentação do equipamento é feita por uma estrutura circular dentada, denominada pinhão, que faz movimentos rotativos sobre uma superfície com pinos simétricos, chamada de cremalheira. São peças simples e de fácil montagem, que podem ser transportadas com facilidade, devido ao seu tamanho compacto e baixo peso.

Nas obras, esse tipo de máquina pode ser instalado tanto na fachada da construção quanto no poço do elevador que será colocado de forma definitiva no prédio. Para evitar acidentes, o equipamento possui freios de segurança do tipo paraquedas, que são acionados automaticamente quando a descida exceder em 15% a velocidade normal. Além disso, alguns modelos dispõem de outros dispositivos de segurança, como um sistema que só permite sua movimentação quando as portas estiverem completamente fechadas, garantindo a integridade de tudo o que estiver sendo transportado no seu interior.

Outro sistema, de travas elétricas, é acionado quando a capacidade máxima de carga do elevador é ultrapassada, bloqueando o movimento. Isso garante que a máquina não será forçada e a subida será feita sem incidentes.

SEGURANÇA

Segundo o engenheiro Dirceu José Ramos, diretor da Metax no Brasil, há outros itens importantes na lista de dispositivos de segurança dessas máquinas. Entre eles está um sistema que só permite a abertura das portas e cancelas com o elevador nivelado, assim como amortecedores de impacto de velocidade nominal na base. “Além disso, há modelos com o último módulo superior sem régua, o que impede o tracionamento da cabine caso ultrapasse os limites de parada final”, diz ele. “Há ainda mecanismos que impedem que a cabine ultrapasse a última parada inferior ou superior, enquanto outros evitam que ela se desprenda acidentalmente da torre.”

Ainda em relação à segurança, o gerente de projetos do Grupo Orguel, João Neves Junior, lembra outra característica que garante a segurança dos elevadores de cremalheira: a automação. “Todos os componentes se comunicam entre si, o que coloca a sua configuração lógica dentro da Categoria 3 de segurança”, explica o engenheiro, referindo-se à normativa que determina que as peças de comando relativas à segurança sejam configuradas de modo que um único erro em uma dessas peças não provoque a perda das suas funções.

Assim, cada ocorrência de erro é identificada durante a próxima exigência da função de segurança, ou mesmo antes dela. “Isso não significa que todos os erros serão identificados”, ressalta o executivo da Orguel, que controla a marca Mecan. “De modo que o acúmulo de erros não descobertos pode provocar um sinal de saída não intencional e um estado perigoso na máquina. Por isso, essa categoria permite um melhor monitoramento de todo o sistema dentro dos requisitos de segurança.”

Em comparação, os elevadores movidos com cabos de aço são muito mais perigosos, tanto que há tempos sua utilização está proibida no Brasil. Apesar disso, esse tipo de equipamento ainda continua sendo usado no país. Ramos estima em 20% o índice dessas máquinas em relação ao total utilizado.

Já para Paulo Carvalho, diretor técnico da Locabens, é complicado fazer uma estimativa. “Nas capitais, o uso já está acabando, mas é difícil precisar no interior do país”, diz ele, fazendo coro a Neves Júnior, que também traça um perfil do segmento. “Para ter uma ideia, em 2013 algumas pesquisas estimavam em cerca de seis mil equipamentos desse tipo em operação, ou seja, um potencial significativo de elevadores a serem substituídos pelo modelo de cremalheira”, pondera. “Mas, hoje, esse percentual é muito menor em relação ao que era comercializado no passado. Com as novas exigências normativas, os elevadores tracionados a cabo de aço tornaram-se inviáveis comercial e tecnicamente, devido às adaptações determinadas em norma. Assim, com o tempo, o fluxo natural é uma redução significativa da comercialização dessas máquinas obsoletas em canteiros de obras.”

Além da maior segurança, os elevadores de cremalheira têm outras vantagens. Entre as principais, está o relativo baixo custo de instalação. No caso de uma obra em que o equipamento será usado provisoriamente, o investimento é mais vantajoso, devido à praticidade oferecida durante o processo de construção. Além disso, como a sua capacidade de carga é maior do que a dos elevadores de cabo de aço, os materiais de construção podem ser carregados com segurança e ainda há garantia de que a estrutura de transporte será mais eficiente em relação ao peso.

No Brasil, algumas empresas fabricam os elevadores de cremalheira, ao passo que outras representam companhias internacionais. Dentre as fabricantes enquadra-se a Metax, que produz modelos com cabines entre 2,4 e 3 m e capacidade de transporte de 1,5 e 2 t. Nesse rol, a empresa oferece três máquinas: a ECM240 Plus (2,4 m de comprimento), a ECM300 Plus (3 m) e a ECM280 Classic (2,8 m).

A locadora Locabens, por sua vez, representa no país a marca Alimak-Hek, fusão da sueca Alimak com a holandesa Hek. “Inventora dessa tecnologia, a primeira é a empresa mais importante do mundo no segmento de elevadores de cremalheira”, garante Carvalho. “Já a segunda é líder em plataformas para esses equipamentos e fabrica inúmeros modelos, compreendendo elevadores para construção e industriais de várias capacidades e dimensões. Mas no Brasil, nosso foco está no modelo SC45, que pode transportar até 2 t a uma velocidade de 60 m/min.”

CUIDADOS

Se a oferta comercial é grande, para usufruir de toda a eficiência dos elevadores de cremalheira e prolongar sua vida útil também é preciso tomar alguns cuidados. “Antes de tudo, é necessário contar com um manual de operação e manutenção em português (no caso de equipamentos importados) e estabelecer um programa de manutenção preventiva eficaz e presente”, diz Neves Júnior. “Também é importante contar com trabalhadores treinados e capacitados para atuarem como montadores e técnicos de manutenção. O ideal é que tenham conhecimento em mecatrônica.”

Além disso, é de extrema importância a capacitação do operador, pois é ele quem irá passar a maior parte do tempo trabalhando com o elevador de cremalheira. Assim, ele poderá alertar sobre qualquer anomalia ocorrida na máquina durante o serviço diário. “Vale ressaltar que o elevador tracionado a cabo de aço teve suas atividades comprometidas devido à comercialização de modelos de baixa qualidade e manutenção. Isso é um fator que provoca acidentes fatais”, explica Neves Júnior. “Lembro ainda que qualquer equipamento está sujeito a acidentes se não forem feitas as manutenções corretas. Minha dica é: contrate um bom elevador de uma empresa de locação que possua em seus quadros uma boa equipe de montagem e manutenção.”

No caso especifico desta última, ela deve ser constante. “As preventivas são ações feitas com o objetivo de aumentar a eficiência do equipamento dentro da obra, evitando assim as paradas não programadas”, reitera Neves Júnior. “É uma ação planejada e sistemática de tarefas de prevenção de forma constante e periódica (pelo menos uma vez ao mês), que envolve programas de inspeção, reformas, reparos, entre outras. Isso garante um ciclo de vida mais longo ao elevador, pois é feita uma análise das principais peças de desgaste, que são trocadas antes da ocorrência de possíveis falhas.”

Ramos, inclusive, lembra que a Norma Regulamentadora no 18 (NR-18) estabelece que o Programa de Manutenção Preventiva deve ser sempre mantido junto ao Livro de Inspeção do Equipamento. “Dentro das recomendações estabelecidas deve-se manter um sistema informativo com dados para acompanhamento, incluindo cronograma de manutenção, intervenções realizadas, data da realização de cada intervenção, serviço feito, peças reparadas ou substituídas, indicação conclusiva quanto às condições de segurança da máquina e nome do responsável pela execução das intervenções”, informa. “Quanto às manutenções periódicas, a sua forma e periodicidade são determinadas pelo fabricante e indicadas conforme orientação do manual do fabricante.”

MERCADO

A crise político-econômica que o país atravessa tem afetado também as vendas de elevadores de cremalheira no mercado brasileiro. Segundo Ramos, as vendas retrocederam em 80% em relação aos níveis registrados nos últimos anos. “Isso ocorreu por dois motivos”, frisa. “Primeiro pela falta de obras, o que levou as construtoras a optarem pela locação de equipamentos para diminuir os investimentos em novas aquisições. O segundo foi o cancelamento dos incentivos do governo na compra desse tipo de máquina.”

De acordo com Carvalho, da Locabens, a taxa de ocupação das locadoras está baixa em função da queda do mercado. “Estimamos que a ocupação média não supere a 50% no momento”, diz. “No nosso caso, a queda está em torno de 10%. Em relação às vendas, não temos dados, mas sabemos que em 2017 estão piores na comparação com o ano passado.”

A situação poderia ser ainda pior não fosse a publicação da norma NBR 16.200 (Elevadores de Canteiros de Obras para Pessoas e Materiais com Cabina Guiada Verticalmente – Requisitos de Segurança para Construção e Instalação), incorporada pela NR-18, que tornou obrigatório o uso de elevadores de cremalheira na construção de edifícios com mais de sete pavimentos. “Além disso, a fiscalização por parte do Ministério do Trabalho e Emprego tem sido mais atuante dentro do mercado de construção civil”, constata Neves Júnior. “Essas máquinas são tradicionalmente reconhecidas pela segurança operacional e alta produtividade no transporte de cargas e pessoas dentro dos canteiros. Por isso, elas têm se tornado cada vez mais frequentes nas obras brasileiras, mesmo diante do cenário atual da construção civil, uma vez que atendem aos itens exigidos na nova norma.”

Até por isso, há construtoras que continuam comprando ou alugando elevadores de cremalheira. Isso ocorre quando precisam fazer o içamento de cargas dentro de um espaço reduzido e, além disso, necessitam de maior rapidez no transporte em altura. Segundo a Metax, a construtora deve preparar a infraestrutura para receber o equipamento, além de fiscalizar sua montagem, desmontagem e operação, sempre segundo a NR-18. Além de transportar pessoas com mais segurança, esse tipo de máquina também pode substituir gruas, minigruas e guinchos no transporte de cargas.

Para os especialistas, o melhor local para se instalar o elevador no canteiro é próximo às áreas de descarga e armazenamento dos materiais. Além disso, a estrutura do prédio não pode interferir no acesso à cabine. “Normalmente, a empresa que fornece o equipamento é quem faz a montagem”, destaca a fabricante. “No entanto, a construtora precisa deixar prontas a fundação e a instalação elétrica, além do local para armazenamento dos acessórios e elementos da torre”.

Já o melhor momento para montagem é quando a segunda laje está pronta, com aproximadamente 6 m de altura. Afinal, a partir dessa altura aumenta o esforço dos trabalhadores para subir e descer escadas. “Com duas lajes já concretadas também há espaço suficiente para alocar os pontos de ancoragem e realizar o teste do freio de emergência, que é realizado com simulação de queda livre da cabine”, conclui Ramos.

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