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Revista M&T - Ed.135 - Maio 2010
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Test-drive

Durabilidade a toda prova

Apesar do projeto antigo, os fora-de-estrada da linha RK, da Randon, mantêm a liderança em sua faixa de capacidade por oferecerem o que o usuário quer: robustez, com mecânica simples e baixo custo de manutenção

Num setor caracterizado pela constante evolução tecnológica, que todo ano se traduz no lançamento de novos modelos, um equipamento de concepção antiga pode permanecer competitivo devido a sua adequação às necessidades dos usuários. Esse é o caso dos caminhões fora-de-estrada da linha RK, produzidos pela Randon, que há mais de três décadas se mantêm no mercado e lideram as vendas na sua faixa de capacidade de carga, incorporando algumas inovações que reforçam as características de um veículo robusto.

Exemplos da longevidade desses caminhões não faltam no mercado e, entre eles, destaca-se o caso da construtora Toniolo, Busnello. A empresa conta com uma frota de 19 unidades desse modelo, sendo que nove delas foram adquiridas em 1988 e oito ainda se encontram em operação. “São equipamentos muito bons e resistentes”, diz o engenheiro Valmir Barni, gerente de manutenção da Toniolo, Busnello. Além dos caminhões mais antigos, que são do modelo RK 425 (de 25 t de capacidade de carga), já fora de linha, a construtora opera com 10 caminhões RK 430B (de 27 t), adquiridos em 2007.

Segundo Barni, os veículos são utilizados no estágio inicial de grandes obras de infraestrutura, como a construção de hidrelétricas, quando as severas condições das pistas de acesso impedem o tráfego dos caminhões rodoviários. “Após essa etapa, substituímos os fora-de-estrada pelos rodoviários, que apresentam um custo operacional bem menor, na faixa de 50% a 60% dos RK.”

Ele ressalta que os veículos 6x4 estão cada vez mais robustos, mas, em pistas muito ruins, não conseguem exercer sua função de transportar rochas e demais materiais produzidos durante as escavações. “Seu ponto frágil são os pneus, normalmente do tipo 11.00x22, enquanto os fora-de-estrada se destacam pela robustez e ainda são equipados com pneus 16.00x20, bem mais resistentes.” Após 22 anos de uso dos RK 425, Barni reconhece que os veículos já foram amortizados e poderiam ser substituídos. “Mas preferimos mantê-los em operação, pois, em determinadas aplicações, eles ainda são econômicos e operam com aceitável disponibilidade mecânica.”

Transmissão automática
Ao atingir uma média de 35.000 horas trabalhadas, os RK 425 estão operando com uma dis


Num setor caracterizado pela constante evolução tecnológica, que todo ano se traduz no lançamento de novos modelos, um equipamento de concepção antiga pode permanecer competitivo devido a sua adequação às necessidades dos usuários. Esse é o caso dos caminhões fora-de-estrada da linha RK, produzidos pela Randon, que há mais de três décadas se mantêm no mercado e lideram as vendas na sua faixa de capacidade de carga, incorporando algumas inovações que reforçam as características de um veículo robusto.

Exemplos da longevidade desses caminhões não faltam no mercado e, entre eles, destaca-se o caso da construtora Toniolo, Busnello. A empresa conta com uma frota de 19 unidades desse modelo, sendo que nove delas foram adquiridas em 1988 e oito ainda se encontram em operação. “São equipamentos muito bons e resistentes”, diz o engenheiro Valmir Barni, gerente de manutenção da Toniolo, Busnello. Além dos caminhões mais antigos, que são do modelo RK 425 (de 25 t de capacidade de carga), já fora de linha, a construtora opera com 10 caminhões RK 430B (de 27 t), adquiridos em 2007.

Segundo Barni, os veículos são utilizados no estágio inicial de grandes obras de infraestrutura, como a construção de hidrelétricas, quando as severas condições das pistas de acesso impedem o tráfego dos caminhões rodoviários. “Após essa etapa, substituímos os fora-de-estrada pelos rodoviários, que apresentam um custo operacional bem menor, na faixa de 50% a 60% dos RK.”

Ele ressalta que os veículos 6x4 estão cada vez mais robustos, mas, em pistas muito ruins, não conseguem exercer sua função de transportar rochas e demais materiais produzidos durante as escavações. “Seu ponto frágil são os pneus, normalmente do tipo 11.00x22, enquanto os fora-de-estrada se destacam pela robustez e ainda são equipados com pneus 16.00x20, bem mais resistentes.” Após 22 anos de uso dos RK 425, Barni reconhece que os veículos já foram amortizados e poderiam ser substituídos. “Mas preferimos mantê-los em operação, pois, em determinadas aplicações, eles ainda são econômicos e operam com aceitável disponibilidade mecânica.”

Transmissão automática
Ao atingir uma média de 35.000 horas trabalhadas, os RK 425 estão operando com uma disponibilidade na faixa de 67,7% e um consumo médio de combustível de 12,28 l/h. Devido ao tempo de uso, alguns caminhões já passaram por reforma de motor e outros componentes. “Além da alta disponibilidade de peças, eles não possuem mecânica muito complicada e dispensam o uso de ferramentas especiais”, diz o gerente ao justificar porque a empresa realiza a maior parte dos serviços internamente.

Já os RK 430B, que têm cerca de 6.500 horas trabalhadas, apresentam disponibilidade média de 89,1% e um consumo de combustível em torno de 12,58 l/h. “A grande vantagem desses modelos mais novos é que eles possuem transmissão automática, diminuindo substancialmente as paradas de manutenção.” Barni explica que nos modelos anteriores, dotados de embreagem, a qualidade da operação interfere diretamente no bom desempenho do equipamento e na sua vida útil. “Se o motorista não trocar a marcha corretamente, a embreagem, que é o ponto fraco desse equipamento, patina e o componente se deteriora.”

Para minimizar esse problema, ele diz que a construtora destina a operação dos RK 425 a motoristas treinados e especializados nesse tipo de equipamento. “Além disso, durante as paradas para troca de óleo do motor, realizadas a cada 250 h, fazemos uma inspeção e regulagem da embreagem, aumentando a vida útil do componente.” As trocas de óleo lubrificante da caixa de câmbio são programadas a cada 430 h e, no caso dos modelos RK 430B, ocorrem a cada 3.000 h. “Mas a Randon já lançou modelos equipados com filtros de micragem menor, que usam óleo sintético e estendem o tempo de troca para 6.000 h”, diz Barni.

O engenheiro ressalta ainda a qualidade da solda e dos materiais empregados nos chassis nos caminhões da marca, “que apresentam poucas trincas mesmo após muitos anos de operações severas.”

Entre outras inovações dos modelos mais recentes da linha, Barni aponta o fato de serem equipados com motor eletrônico, o que possibilita total sincronia ao trem de força e aumenta entre 15% e 20% sua vida útil, com menor consumo de combustível. O especialista também destaca a rapidez no basculamento da caçamba, responsável pelo bom tempo de ciclo do caminhão, e seu pequeno raio de giro. “Ele não precisa de muito espaço para manobras e, por se tratar de um veículo curto, seus pneus não são expostos a desgaste excessivo durante as curvas”, ele conclui.

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