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Revista M&T - Ed.171 - Agosto 2013
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Empresa

Diversificar para crescer

Apostando no pós-venda como nova fonte de faturamento, a fabricante norte-americana Cummins atualiza estratégias para suas linhas de produtos

Em 2012, as operações globais da Cummins fecharam o ano com faturamento bruto de US$ 17,3 bilhões, número que representa o segundo melhor resultado já alcançado pela companhia. No Brasil, o resultado foi igualmente positivo, com faturamento de US$ 896 milhões, o que representa 56% do total obtido na América do Sul no ano passado (US$ 1,6 bilhão).

Para o vice-presidente do grupo, Luis Pasquotto, tais resultados foram até surpreendentes, tendo em vista o cenário adverso da economia no último ano. Mesmo assim, ele pondera que algumas frentes de negócios da empresa são seis divisões operando no Brasil – sentiram a queda do mercado brasileiro, como turbocompressores, geração de energia e motores.

ESTRATÉGIAS

Em relação à estrutura organizacional, as divisões de Motores, Distribuição e Geração de Energia ganharam novos líderes. Já nas outras frentes – Turbo Technologies, Filtration e Emission Solutions –, a direção foi mantida. Um aspecto importante da operação brasileira é que, com as novas estratégias adotadas pela filial, serão feitos fortes investimentos nas instalações fabris de Guarulhos e Itatiba, com aportes de US$ 50 milhões e US$ 90 milhões, respectivamente.

Outro ponto de destaque é o foco cada vez maior dado à distribuição, que passa a ter 60% de suas operações voltadas apenas para peças e serviços. Por último, a exemplo da matriz, será mantida a filosofia de diversificação das atividades na filial brasileira, principalmente para oferecer novas soluções para os motores diesel da faixa entre 150 hp a 4 mil hp, a principal linha de produtos da Cummins.

CARRO-CHEFE

Apesar da diversificação de negócios, a divisão de motores continua sendo o carro-chefe da Cummins, com faturamento de US$ 10,7 bilhões em 2012. Esse montante está dividido em subáreas, sendo que 28% são oriundos do mercado de caminhões pesados, 19% de caminhões médios, 18% de mineração e óleo & gás e 12% de caminhões leves. Os setores de construção e agrícola participam com outros 12%, enquanto os motores estacionários representam os 11% restantes. “Com a queda na venda de caminhões em 2012, a nossa divisão de motores no Brasil


Em 2012, as operações globais da Cummins fecharam o ano com faturamento bruto de US$ 17,3 bilhões, número que representa o segundo melhor resultado já alcançado pela companhia. No Brasil, o resultado foi igualmente positivo, com faturamento de US$ 896 milhões, o que representa 56% do total obtido na América do Sul no ano passado (US$ 1,6 bilhão).

Para o vice-presidente do grupo, Luis Pasquotto, tais resultados foram até surpreendentes, tendo em vista o cenário adverso da economia no último ano. Mesmo assim, ele pondera que algumas frentes de negócios da empresa são seis divisões operando no Brasil – sentiram a queda do mercado brasileiro, como turbocompressores, geração de energia e motores.

ESTRATÉGIAS

Em relação à estrutura organizacional, as divisões de Motores, Distribuição e Geração de Energia ganharam novos líderes. Já nas outras frentes – Turbo Technologies, Filtration e Emission Solutions –, a direção foi mantida. Um aspecto importante da operação brasileira é que, com as novas estratégias adotadas pela filial, serão feitos fortes investimentos nas instalações fabris de Guarulhos e Itatiba, com aportes de US$ 50 milhões e US$ 90 milhões, respectivamente.

Outro ponto de destaque é o foco cada vez maior dado à distribuição, que passa a ter 60% de suas operações voltadas apenas para peças e serviços. Por último, a exemplo da matriz, será mantida a filosofia de diversificação das atividades na filial brasileira, principalmente para oferecer novas soluções para os motores diesel da faixa entre 150 hp a 4 mil hp, a principal linha de produtos da Cummins.

CARRO-CHEFE

Apesar da diversificação de negócios, a divisão de motores continua sendo o carro-chefe da Cummins, com faturamento de US$ 10,7 bilhões em 2012. Esse montante está dividido em subáreas, sendo que 28% são oriundos do mercado de caminhões pesados, 19% de caminhões médios, 18% de mineração e óleo & gás e 12% de caminhões leves. Os setores de construção e agrícola participam com outros 12%, enquanto os motores estacionários representam os 11% restantes. “Com a queda na venda de caminhões em 2012, a nossa divisão de motores no Brasil sentiu uma retração de 40% na produção”, revela Pasquotto. “Mesmo assim, conseguimos manter o nosso market share de 33%.”

Para os próximos anos, o executivo vislumbra tendências sólidas de retomada e crescimento, projetando um crescimento de 20% na venda de motores já para este ano.  Segundo ele, isso será possível com a consolidação das tecnologias Euro V na renovação de frota do mercado brasileiro, além da preparação para as futuras legislações e uma melhor capilaridade e distribuição do S-50 e do Arla 32.

Também devem ter reflexos positivos fatores como a retomada dos investimentos na indústria e na infraestrutura, incluindo o setor de óleo & gás. Já na questão de energia, o executivo vê oportunidades na escassez de geração e distribuição de energia no país, que também deve trazer bons resultados à empresa no segmento.

HOLOFOTES

Aliás, a Cummins Power Generation – divisão de grupos geradores – teve uma participação de 15% na receita global da empresa em 2012, contra 16% do ano anterior. No Brasil, apesar da redução na demanda da construção civil, as atividades da divisão obtiveram uma participação de 35% no mercado nacional de grupos geradores. É interessante frisar que, de toda a produção de geradores da planta de Guarulhos (SP), apenas 37% dos equipamentos foram destinados à exportação, demonstrando como  o Brasil tornou-se um mercado ativo e competitivo para esses produtos.

Nessa linha, na opinião de Kip Schwimmer, diretor geral da divisão Cummins Power Generation na América Latina, a dificuldade apresentada pelo mercado brasileiro não deve perdurar em 2013. “O país está retomando os investimentos em obras de infraestrutura, a exemplo dos aeroportos, que devem demandar mais equipamentos de energia”, afirma o executivo.

PERFIL

Entre os planos de crescimento da unidade apontados por Schwimmer, o foco principal recai sobre a unidade industrial de Itatiba (SP), que deve entrar em operação em 2015. A instalação será o novo ponto para produção de geradores de energia e, de quebra, contará ainda com uma nova central de distribuição de peças.

Schwimmer comenta que a operação também conta com um novo perfil, agora centrado em quatro linhas de produtos com geradores acima e abaixo de 1.000 kW, soluções para gás/biogás e novas tecnologias para alternadores. “Entre as grandes apostas atuais em geradores está o mercado de locação, que conta com produtos exclusivos para atender as necessidades por potências maiores e intermediárias, tal como os novos modelos de 90 kW a 500 kW”, diz ele.

Já para a área de grupos geradores, a Cummins contará com 22 pontos nacionais de distribuição, venda, locação, assistência técnica e treinamento, o que deve trazer um faturamento maior que os US$ 208 milhões alcançados pela divisão em 2012.

EMISSÕES

Em 2012, seu primeiro ano de atuação, a Cummins Emission Solutions do Brasil (CES) registrou um faturamento de US$ 87 milhões. De acordo com Mauricio Rossi, diretor e gerente geral da unidade, o resultado reflete a recente ampliação do portfólio de produtos oferecidos ao mercado, que passou de 30 para 50 itens, potencializando as vendas para outros nichos. “A proposta é ser mais sistemista, porém não convencionalmente, mas sim como uma companhia focada nos projetos de emissões, agregando valor às soluções e ao atendimento dos requisitos do mercado”, afirma Rossi.

Até o final do ano, o diretor afirma que será lançado um pacote denominado “Rack”, que oferecerá um conjunto com vários itens periféricos à longarina do caminhão, tal como tanque de ureia, sensores, bateria e compressor de ar para um determinado tipo de chassi, com um sistema simplificado de acoplamento. A proposta, segundo ele, é fornecer um processo logístico completo às montadoras.

Com esse portfólio, que inclui sistemas de pós-tratamento para motores Euro V (SCR), a unidade de negócios obteve, apenas no primeiro mês do ano, um faturamento de US$ 10 milhões. Esse número representa um aumento de 100%, se comparado ao mesmo período do ano passado, demonstrando um mercado mais consolidado para as novas tecnologias de emissão.

NOVOS NEGÓCIOS

Vigorando desde janeiro de 2012, o cumprimento da nova legislação de emissões foi uma das causas da queda de 40% no mercado brasileiro de caminhões no ano passado, decorrente da antecipação de compras dos modelos embarcados com tecnologia Euro III. Apesar desse cenário, a Divisão Cummins Filtration, que incorpora a produção de Arla 32 e sistemas de filtros, fechou o ano com faturamento de US$ 102 milhões na América do Sul.

Desse número, a venda do Arla 32 representou 16%, oriundo da comercialização de 15 milhões de litros do reagente. Isso representou um market share de quase 23% do mercado nacional em 2012, que movimentou um total de 66 milhões de litros do produto.

Nessa perspectiva, o diretor geral da Cummins Filtration, Marco Rangel, ressalta que a empresa manterá uma produção anual de 22 milhões de litros em razão da consolidação do Euro V, sistema presente em toda a frota de caminhões fabricada a partir da nova lei. Dos novos veículos, 80% são equipados com a tecnologia SCR, que utiliza o reagente. “A partir disso, prevemos um novo ciclo de crescimento, com lançamentos de produtos e desenvolvimentos focados nos segmentos de fluidos e filtração”, diz Rangel.

Sobre esses produtos para o mercado de caminhões, o executivo já antecipa algumas características. “Ainda em 2013, devemos lançar um filtro separador com tecnologia manométrica, algo que já existe para mineração”, afirma. “Também devemos lançar um novo filtro de ar da Fleetguard.”

Com o objetivo de aperfeiçoar esses produtos de filtração e combustível para o contexto sul-americano no ano passado, a Cummins Filtration inaugurou um laboratório de desenvolvimento tecnológico, com investimento de US$ 1,5 milhão e operado por uma equipe de 15 engenheiros. Como o novo centro de P&D está localizado junto ao laboratório de mecânica, Rangel acredita que “a sinergia com a unidade de motores trará vantagens como a redução no ciclo de fabricação do produto, agilizando significativamente o tempo entre a solicitação do cliente e a entrega”.

PEÇAS E SERVIÇOS

Para Rangel, no entanto, o maior fator de crescimento da Divisão Filtration foi a estratégia de aftermarket, que obteve um aumento de 10% na América do Sul em 2012, passando de US$ 77 milhões para US$ 85 milhões faturados.

A responsabilidade pela distribuição de produtos e suporte pós-venda na América do Sul está nas mãos da DBU, ou Unidade de Negócios de Distribuição, que em 2012 registrou um aumento de 30,7% no faturamento, bem como uma participação de 16% dentro da empresa. Para o diretor da divisão, Fabio Magrin, o crescimento na distribuição se explica pela tendência de redução na comercialização de produtos novos, tais como motores e geradores, ao passo que as vendas nas áreas de peças e serviços vêm aumentando para manter por um tempo maior os equipamentos em operação.

Ainda neste ano, afirma Magrin, a unidade pretende inaugurar mais 40 pontos de venda em território nacional, incrementando sua área de cobertura para suporte de peças e serviços.

 

 

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