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Revista M&T - Ed.216 - Setembro 2017
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Bombas de Concreto

Desempenho efetivo

Escolha de modelos rebocáveis ou autobombas está diretamente relacionada à mobilidade e local de aplicação, sem perdas no bombeamento ou na qualidade do concreto
Por Augusto Diniz

Por sua resistência, durabilidade e relativo baixo custo, o concreto é um dos materiais de construção mais utilizados no mundo. Além de blocos pré-fabricados, uma obra pode empregar o tipo derramado (líquido), que possui fluidez especial, tornando possível seu bombeamento por tubulações, rígidas ou flexíveis, com diâmetros que podem variar de três a cinco polegadas (7,62 a 12,7 cm). Quando eficiente, esse trabalho é feito por meio de bombas de concreto, que são equipamentos projetados para lançar o material através de dois cilindros, que funcionam alternadamente. Enquanto um é preenchido com o concreto proveniente do caminhão-betoneira, o outro empurra o material para os tubos.

Essas máquinas são indispensáveis em determinados tipos de obras, como as que ocorrem em áreas restritas ou difíceis de serem acessadas com as betoneiras, por exemplo, como o topo de um edifício ou no meio de um túnel longo. Também são indicadas para construções com grandes dimensões, horizontais ou verticais. Além disso, as bombas de concreto têm outras vantagens notórias, como a rapidez ou produtividade do trabalho. Usando-se um carrinho de mão ou equipamento similar para lançar ou aplicar o concreto, consegue-se distribuir um volume não maior que 5 a 6 m³/h. Já com as bombas, consegue-se chegar a 50 m³/h ou até mesmo 90 m³/h.

QUALIDADE

Essas soluções também possibilitam a racionalização da mão de obra, reduzindo o número de funcionários para realizar um mesmo trabalho, assim como de equipamentos, dispensando o uso de carrinhos de mão, guinchos e elevadores, por exemplo. Com elas, também é possível a aplicação contínua do concreto, evitando paralisações, causa mais comum de falhas na concretagem. Todas essas vantagens somadas acabam acarretando uma redução relevante dos custos da obra.

No entanto, para evitar dores de cabeça com problemas futuros, é preciso que o construtor que vai adquirir ou alugar uma bomba de concreto fique atento à qualidade do produto. O cuidado deve ser tomado, porque, assim como ocorre com grande parte dos equipamentos de construção, pode haver diferenças técnicas relevantes entre uma marca e outra. De preferência, deve-se procurar um fabricante de confiança, reconhecido


Por sua resistência, durabilidade e relativo baixo custo, o concreto é um dos materiais de construção mais utilizados no mundo. Além de blocos pré-fabricados, uma obra pode empregar o tipo derramado (líquido), que possui fluidez especial, tornando possível seu bombeamento por tubulações, rígidas ou flexíveis, com diâmetros que podem variar de três a cinco polegadas (7,62 a 12,7 cm). Quando eficiente, esse trabalho é feito por meio de bombas de concreto, que são equipamentos projetados para lançar o material através de dois cilindros, que funcionam alternadamente. Enquanto um é preenchido com o concreto proveniente do caminhão-betoneira, o outro empurra o material para os tubos.

Essas máquinas são indispensáveis em determinados tipos de obras, como as que ocorrem em áreas restritas ou difíceis de serem acessadas com as betoneiras, por exemplo, como o topo de um edifício ou no meio de um túnel longo. Também são indicadas para construções com grandes dimensões, horizontais ou verticais. Além disso, as bombas de concreto têm outras vantagens notórias, como a rapidez ou produtividade do trabalho. Usando-se um carrinho de mão ou equipamento similar para lançar ou aplicar o concreto, consegue-se distribuir um volume não maior que 5 a 6 m³/h. Já com as bombas, consegue-se chegar a 50 m³/h ou até mesmo 90 m³/h.

QUALIDADE

Essas soluções também possibilitam a racionalização da mão de obra, reduzindo o número de funcionários para realizar um mesmo trabalho, assim como de equipamentos, dispensando o uso de carrinhos de mão, guinchos e elevadores, por exemplo. Com elas, também é possível a aplicação contínua do concreto, evitando paralisações, causa mais comum de falhas na concretagem. Todas essas vantagens somadas acabam acarretando uma redução relevante dos custos da obra.

No entanto, para evitar dores de cabeça com problemas futuros, é preciso que o construtor que vai adquirir ou alugar uma bomba de concreto fique atento à qualidade do produto. O cuidado deve ser tomado, porque, assim como ocorre com grande parte dos equipamentos de construção, pode haver diferenças técnicas relevantes entre uma marca e outra. De preferência, deve-se procurar um fabricante de confiança, reconhecido no mercado pela confiabilidade e eficiência das máquinas que produz. Produtos de baixa qualidade, embora possam ser mais baratos, no fim acabam se tornando mais caros, por acarretarem problemas numa concretagem, sem falar que também podem ser menos seguros.

TIPOLOGIA

Existem dois tipos principais de bombas de concreto, as rebocáveis (ou de arrasto) e as autobombas, que são montadas sobre o chassi de um caminhão. Como o nome diz, as primeiras precisam ser rebocadas até a obra na qual serão usadas. Além disso, necessitam da montagem de tubulações de 3, 4 ou 5 polegadas até o local onde o concreto será lançado. As segundas dispensam o veículo para rebocá-las. Ambas são fabricadas no Brasil e podem ser adquiridas com financiamento do programa Agência Especial de Financiamento Industrial (Finame), do Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES).

Mas há outras diferenças entre os dois tipos. “Os equipamentos rebocáveis não têm reservatório de água para sua lavagem e nem suporte para transporte de tubos, curvas, guarnições, reduções, mangotes e outros acessórios”, explica Thiago de Paula, gerente comercial da Putzmeister Brasil, conceituada fabricante de bombas de concreto rebocáveis e montadas sobre caminhão. “Estas últimas, por sua vez, têm esses itens de série, por causa da sua maior área útil.”

Em seu portfólio, a empresa oferece a linha Thom-Katt (TK) de rebocáveis. “Esses modelos possuem uma excelente versatilidade”, garante de Paula, destacando que, por integrarem uma nova geração de equipamentos, são mais leves e projetados com motores Cummins de 99 cv de potência. “As TK’s também apresentam painel de controle com todas as informações de bombeamento e condições operacionais do motor.”

Já do tipo autobomba, a Putzmeister disponibiliza a linha City Pump, que, segundo o especialista, se destaca pelas dimensões compactas e pelo amplo espaço de armazenagem do sistema de tubos e acessórios. “O acionamento via motor Mercedes-Benz ou Cummins proporciona a flexibilidade de selecionar a marca e o modelo do chassi que melhor se adapte ao orçamento e às necessidades do cliente”, diz. “A caçamba de grande capacidade e o potente tubo S são uma combinação confiável.”

COMPARATIVO

Revendedora da marca Schwing-Stetter no Brasil, a Cortesia Concreto oferece seis modelos de bombas: lança de 32 m, estacionárias sobre caminhão (BP-500, BP-400 e BP-88), estacionária de alta pressão (BP-2000) e estacionária de média pressão (BP-1000). Segundo o gestor comercial e operacional da empresa, Walney Jorge Silveira, a principio não existe diferença técnica entre os dois tipos de equipamentos em relação ao desempenho efetivo de bombeamento, ou mesmo em relação às suas especificações técnicas.

Ele explica que, nos dois casos, a bomba é idêntica, diferenciando-se apenas de um fabricante para outro. “Na realidade, o que existe são diferenças operacionais”, diz. “As rebocáveis trabalham engatadas em um semirreboque, enquanto as instaladas em caminhões fazem parte do conjunto, constando em seu registro de veículo como carroceria mecânica operacional.”

De acordo com Silveira, no caso das bombas rebocáveis a vantagem se dá apenas em obras nas quais o equipamento possa ficar no local, sem a necessidade de locomoção, ou em área de acesso difícil (logicamente, que tenha acesso da betoneira com o concreto). “Na última década, a Cortesia tem adotado somente as instaladas em caminhões, acreditando em uma economia com pneus e manutenção”, relata Silveira. “Além disso, elas são de fácil manobra, têm agilidade no trânsito, condições de armazenamento de tubos e mangotes e uma segurança maior, evitando acidentes tanto em estradas e rodovias como durante a operação.”

Todavia, o especialista ressalva que o desempenho dos equipamentos não está diretamente relacionado ao fato de estarem ou não acoplados ao caminhão, ou mesmo de serem rebocáveis, mas sim às características da máquina, ou seja, na bomba propriamente dita, de acordo com a sua configuração de pressão, fabricação e outros detalhes. “O que muda efetivamente é somente em relação a logística, em que as acopladas de fato são muito mais ágeis”, explica. “Mas toda comparação tem de ser realizada no equipamento de bombeamento, não em relação à forma de transporte.”

VERSATILIDADE

A Schwing-Stetter, por exemplo, produz bombas de concreto rebocáveis com capacidade de produção de 23 a 90 m3/h, com diversas variações de motor e outras configurações. Já montadas sobre caminhões, a empresa produz três modelos, dos quais o mais vendido é o SPL 2000. “Isso ocorre porque as máquinas sobre caminhão são mais versáteis, do ponto de vista do transporte de material e acessórios, além de possuírem um tanque de água para a sua lavagem”, comenta o engenheiro Luiz Polachini, gerente comercial da empresa para a América do Sul. “Também é um equipamento que possibilita que se faça dois ou três bombeamentos por dia. Como analogia, é como se o construtor levasse um escritório com ele.”

Assim, é diferente da bomba rebocável, que é feita apenas para bombear. Segundo Polachini, essa é mais indicada para um canteiro de obras, onde há ar comprimido, água e espaço, sendo que o equipamento pode ser movimentado de um lado para outro. “Além disso, não há o custo do caminhão”, acrescenta. “Por isso, operacionalmente este tipo de máquina é mais indicado para canteiro de obra do que a montada sobre chassi”, avalia. “Agora, se for usar em obras abertas numa cidade, é mais complicado. De qualquer maneira, vai precisar de um caminhão para rebocá-la.”

O gerente de Paula, cuja empresa também oferece os dois tipos de bombas, tem uma avaliação parecida em relação a cada tipo. Quanto ao custo-benefício, por exemplo, ele diz que o da montada sobre chassi é melhor para clientes que precisam se deslocar com frequência para prestação de serviço. “No caso das rebocáveis, são mais indicadas para canteiro de obras”, assegura o gerente da Putzmeister. “Nesse caso, o equipamento não necessita de um caminhão, pois ele ficará imobilizado no local, com movimentação – se necessária – muito curta.”

Entre as demais vantagens das rebocáveis, ele cita o menor espaço para trabalho e o custo mais baixo de aquisição. Como desvantagens, ele enumera a ausência de reservatório de água para limpeza do equipamento e de suporte para transporte de acessórios, além de necessitar de um caminhão 3/4, para reboque delas e dos itens que a complementam. Quanto às montadas sobre chassi, de Paula diz que elas são ideais para trabalhar no varejo (no dia a dia) e possuem rack lateral para transporte dos acessórios, reservatório de água e bomba de alta pressão para limpeza da máquina. Em contrapartida, necessitam de um maior espaço de trabalho. “Apesar dessas diferenças, a qualidade do concreto produzida pelos dois tipos é a mesma”, reitera.

E também há semelhanças na manutenção. “É praticamente igual, porque ambas usam o mesmo tipo de motor, conjunto de bombas, cilindros e peças de desgaste”, diz de Paula. “O que difere é que, no caso das rebocáveis, existe a carretinha, em que está instalada a máquina, como um item a mais para realizar a manutenção.”

De acordo com Polachini, a única diferença nesse quesito é o caminhão. “O cuidado e a preocupação com os dois tipos de equipamentos são os mesmos”, diz ele. “Se não estiver com as revisões em dia, vai haver problemas. Essas manutenções devem ser realizadas por horas de trabalho, de acordo com o manual de revisões, limpeza, lubrificação e operação do fabricante.”

MERCADO SEGUE DEVAGAR, DIZEM ESPECIALISTAS

Embora não haja números precisos, o gerente comercial da Putzmeister, Thiago de Paula, diz que o mercado nacional de bombas de concreto segue devagar. “Mas a exportação está um pouco melhor na comparação com o ano passado”, informa. “Creio que, para o segundo semestre de 2018, a situação melhore.”

O gestor comercial e operacional da Cortesia Concreto, Walney Jorge Silveira, é um pouco mais otimista. Na sua avaliação, o mercado de venda e locação desses equipamentos está estável em relação a 2016. Mesmo assim, sua projeção é de aumento das atividades de, no máximo, 3% até o final de ano. “Para 2018, qualquer tipo de previsão está estritamente ligada à economia e à instabilidade política do país”, diz. “As projeções geralmente ficam abaixo do realizado. Acreditamos, no entanto, que o crescimento fique em torno de 5% em 2018.”

Luiz Polachini, gerente comercial da Schwing-Stetter, concorda que o mercado está complicado. “Em termos de vendas, caiu quase a zero em todos os segmentos, com uma redução de 90% em relação ao ano passado”, lamenta-se. “Também atuamos em toda a América do Sul, mas o problema é que os países vizinhos sofrem igualmente com a crise econômica do Brasil, com a exceção da Argentina, que está comprando equipamentos.”

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