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Revista M&T - Ed.188 - Março 2015
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Equipamentos Compactos

Custo-benefício estimula locação de minis

Com a queda de preços na locação, mercado ganha alternativa mais econômica e prática nos miniequipamentos, reduzindo custos operacionais para atender às obras urbanas

Também chamados de compactos, os miniequipamentos apresentam características complementares à Linha Amarela convencional, amplamente empregada em grandes obras de infraestrutura. Por serem menores e, portanto, mais ágeis para intervenções em espaços confinados, os compactos vêm ganhando um espaço significativo junto às obras urbanas, principalmente soluções como miniescavadeiras, minicarregadeiras e rolos compactadores de pequeno porte.

A demanda crescente é comprovada pelos locadores de equipamentos pesados. Segundo Eurimilson Daniel, diretor da Escad Rental, no ano passado o volume de vendas de compactos foi o mais expressivo dentre as diferentes linhas de equipamentos. Isto apesar de uma queda de 15% registrada nas vendas de minicarregadeiras, resultado direto da saturação de vendas nos anos anteriores.

De fato, em 2014 foram comercializadas mais de mil escavadeiras e duas mil pás carregadeiras de pequeno porte. O número está muito acima do apresentado em 2009, quando foram vendidas apenas 1,2 mil minicarregadeiras, conforme mostra o Estudo Sobratema do Mercado Brasileiro de Equipamentos de Construção. “Devemos admitir que a rentabilidade caiu, porém, continua expressiva na avaliação financeira da linha compacta”, afirma Daniel.

Apesar desse volume considerável, o número de equipamentos compactos dificilmente passa de 10% na composição das frotas das locadoras. No caso da Trimak, locadora de equipamentos com atuação na região Sudeste, esses modelos representam menos de 2% do total. Para A Geradora, também locadora de equipamentos pesados, o número é semelhante, não passando de 3,9% da composição de equipamentos e 2% do faturamento anual.

Contudo, segundo o gerente regional da Trimak, Armando Nassiff, atualmente há uma clara tendência de aumento da participação dos compactos nos pátios das locadoras. O principal motivo citado pelo especialista seria a queda dos valores de locação das máquinas de maior porte, resultado da redução de investimentos das construtoras. Em virtude disso, o custo de aquisição das máquinas maiores está trazendo baixa rentabilidade às locadoras. “Essa necessidade financeira fez com que o mercado encontrasse soluções tecnicamente viáveis nos miniequipamentos, exig


Também chamados de compactos, os miniequipamentos apresentam características complementares à Linha Amarela convencional, amplamente empregada em grandes obras de infraestrutura. Por serem menores e, portanto, mais ágeis para intervenções em espaços confinados, os compactos vêm ganhando um espaço significativo junto às obras urbanas, principalmente soluções como miniescavadeiras, minicarregadeiras e rolos compactadores de pequeno porte.

A demanda crescente é comprovada pelos locadores de equipamentos pesados. Segundo Eurimilson Daniel, diretor da Escad Rental, no ano passado o volume de vendas de compactos foi o mais expressivo dentre as diferentes linhas de equipamentos. Isto apesar de uma queda de 15% registrada nas vendas de minicarregadeiras, resultado direto da saturação de vendas nos anos anteriores.

De fato, em 2014 foram comercializadas mais de mil escavadeiras e duas mil pás carregadeiras de pequeno porte. O número está muito acima do apresentado em 2009, quando foram vendidas apenas 1,2 mil minicarregadeiras, conforme mostra o Estudo Sobratema do Mercado Brasileiro de Equipamentos de Construção. “Devemos admitir que a rentabilidade caiu, porém, continua expressiva na avaliação financeira da linha compacta”, afirma Daniel.

Apesar desse volume considerável, o número de equipamentos compactos dificilmente passa de 10% na composição das frotas das locadoras. No caso da Trimak, locadora de equipamentos com atuação na região Sudeste, esses modelos representam menos de 2% do total. Para A Geradora, também locadora de equipamentos pesados, o número é semelhante, não passando de 3,9% da composição de equipamentos e 2% do faturamento anual.

Contudo, segundo o gerente regional da Trimak, Armando Nassiff, atualmente há uma clara tendência de aumento da participação dos compactos nos pátios das locadoras. O principal motivo citado pelo especialista seria a queda dos valores de locação das máquinas de maior porte, resultado da redução de investimentos das construtoras. Em virtude disso, o custo de aquisição das máquinas maiores está trazendo baixa rentabilidade às locadoras. “Essa necessidade financeira fez com que o mercado encontrasse soluções tecnicamente viáveis nos miniequipamentos, exigindo investimento mais baixo e uma rentabilidade compatível com o objetivo do cliente”, afirma.

Para que isso ocorra, como ressalta o especialista, as construtoras precisam buscar novas aplicações para os equipamentos menores e treinar as equipes para que extraiam toda a versatilidade que os compactos podem oferecer, muitas vezes chegando a substituir a Linha Amarela convencional. A Geradora, por exemplo, aguarda com otimismo a concretização dessa mudança no comportamento das construtoras. “Como a locação de minis é mais barata e capacitada para substituir os modelos maiores, pode ser que as empresas realmente comecem a optar mais por esses produtos”, projeta o diretor comercial e de marketing da empresa, Cândido Terceiro.

No entanto, enquanto isso não ocorre, as incertezas que pairam sobre o mercado de construção civil – agravadas pelo baixo crescimento econômico esperado para 2015 – devem trazer um cenário parecido ou até mesmo abaixo de 2014 para as minis.

CUSTO-BENEFÍCIO

Na opinião do diretor da Escad, a produtividade – aliada ao baixo custo operacional – é o fator mais relevante na opção pelos miniequipamentos. O especialista avalia que a demanda está diretamente ligada à capacidade de adequação do equipamento, seja por dimensões menores das obras, limitação de espaço físico ou características da engenharia mecânica. “Ou seja, os compactos oferecem produtividade suficiente para substituir a mão de obra em serviços mais desgastantes, porém mais leves em comparação aos equipamentos convencionais”, diz Daniel.

Em alguns casos, a produtividade dessas máquinas pode ser igual ou superior à das retroescavadeiras, principalmente em operações como a abertura de valas. Nesse aspecto, a versatilidade e manobrabilidade permitem uma movimentação mais ágil em espaços confinados, bem como um impacto reduzido no tráfego de pessoas e veículos. Nesse tipo de operação, as construtoras têm optado por escavadeiras compactas “maiores”, substituindo as versões de 3,5 toneladas por modelos mais robustos, entre 5,5 e 13,5 toneladas. “Sentimos isso como uma alternativa ao trabalho da retroescavadeira, que se popularizou recentemente no Brasil e advém de uma prática bastante comum no mercado norte-americano”, explica Nassiff, da Trimak.

Além disso, o diretor avalia que o mercado brasileiro está começando a seguir uma tendência europeia no sentido de utilizar os equipamentos compactos em pequenos serviços urbanos e na construção de estradas, especialmente devido à característica urbana mais próxima a dos países europeus. No entanto, ainda estamos longe de uma equiparação, pois o Brasil possui 200 operários para cada máquina compacta em operação, enquanto na Europa esse comparativo é de três para cada mini.

ADOÇÃO

Tal desproporção deve diminuir, pois as vantagens dos compactos são muito relevantes para serem ignoradas. Em muitos casos, as dimensões de equipamentos maiores (como a tradicional escavadeira de 21 toneladas) apresentam dificuldades até mesmo para o transporte fora das obras. Por outro lado, equipamentos de até dez toneladas podem ser deslocados facilmente em centros urbanos com o uso de caminhões de pequeno porte, que podem inclusive circular em horários restritos ao transporte em caminhões maiores.

Além disso, os compactos apresentam um custo menor de aquisição e locação, atendendo à atual necessidade de redução de investimentos das construtoras, que necessitam de equipamentos com custo-benefício compatível a orçamentos mais enxutos para o término das obras.

Para Daniel, da Escad, a proximidade e a qualidade do suporte prestado pelas fabricantes e locadoras também permitiram a adoção dos compactos em escala nacional. “Temos espaço para crescer em todas as regiões”, pontua. Considerada como retorno de investimento, a manutenção realmente é um item importante para as locadoras, que precisam manter o equipamento operando perfeitamente dentro da sua vida útil. Como se sabe, cada tipo de equipamento comporta um custo fixo de manutenção, que envolve mão de obra e mobilidade.

Para os especialistas, independentemente da produtividade apresentada pelo equipamento compacto, os custos gerados são semelhantes. Portanto, é importante obter garantias e considerar o custo de atendimento oferecido pelo locador. Nesse sentido, a manutenção dos compactos é mais simples e barata em relação às versões maiores. “Na linha convencional isso é mais complexo e o tempo de oficina é maior”, complementa Cândido Terceiro, da A Geradora.

Segundo Nassiff, da Trimak, a importância dessa garantia é a mesma para equipamentos convencionais, considerando que os compactos também são máquinas de produção e não podem ficar indisponíveis, especialmente em obras noturnas, quando os horários de operação são mais restritos e as obras muitas vezes têm caráter de urgência.

ESCOLHA

Ao locar um equipamento compacto, as empresas devem estar atentas ao correto dimensionamento da máquina, seu transporte e tipo de serviço a ser realizado. Para movimentar mercadorias por pallets, por exemplo, uma minicarregadeira de 5,5 toneladas pode ser um tanto excessiva, uma vez que uma similar de 2,5 toneladas é capaz de realizar o mesmo serviço com menor risco de acidente em vias estreitas.

Da mesma forma, deve-se procurar o equipamento mais adequado ao tipo de trabalho que irá realizar. Dentre as principais atividades, podemos listar os trabalhos para movimentação de terra e materiais em pequenas obras, operações em túneis e outras ações em vias estreitas. Além disso, é comum a utilização de compactos em serviços públicos que envolvam a abertura de valas para saneamento básico, redes de energia e telefonia, bem como dutos de gás.

Para Nassiff, uma escolha criteriosa vai muito além do mero peso operacional. No caso das miniescavadeiras, a profundidade requerida é um fator determinante de escolha e, portanto, o tamanho do braço pode definir a aplicação correta. “Diferentemente dos equipamentos de grande porte, há pesquisas específicas para qual tipo de serviço o equipamento será utilizado, exigindo conhecimento técnico do vendedor para orientar os clientes”, afirma. “Isso envolve também a definição de implementos a serem acoplados ao equipamento, como caçamba, perfuratriz, fresadora, vassoura para limpeza urbana, martelete ou garfo para carregamento de pallets.”

 

 

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