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Revista M&T - Ed.194 - Setembro 2015
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Coluna Yoshio

Curva de conflitos

Novos conflitos surgem onde um comportamento mais maduro e confiança mútua poderiam minimizar o problema, gerando os ganhos desejados

Um fato marcante do mercado de trabalho contemporâneo é a ascensão cada vez maior de jovens profissionais aos postos de gestão, rejuvenescendo o quadro das empresas. Atualmente, as lideranças são notoriamente mais novas do que os profissionais do mesmo nível costumavam ser no passado.

Isso certamente tem muito a ver com a formação técnica mais completa dos jovens de hoje. Obviamente, as mudanças ocorridas nos processos e na própria tecnologia também reforçam essa tendência nas empresas, pois são os jovens que invariavelmente desenvolvem e detêm o conhecimento novo.

No mundo organizacional, as crises provocam reestruturações imprevistas e inesperadas, que muitas vezes criam oportunidades para os jovens assumirem mais rapidamente as posições de gestão. No entanto, esta transformação também repercute nas relações entre as empresas, dificultando os negócios ao elevar rapidamente a curva de conflitos internamente e entre as organizações. Por serem oportunidades súbitas e repentinas, nem sempre o profissional já alcançou a necessária maturidade em seu desenvolvimento. De modo que esta antecipação torna necessário um cuidado especial, pois traz um potencial de incremento de conflitos que raramente é tratado nas organizações.

Nas relações entre empresas, muitas vezes ocorre uma “juniorização”, situação em que os jovens assumem papéis que anteriormente eram atribuições de profissionais mais experientes. Nos contatos entre empresas, é comum observar representantes que ainda não estão munidos de suficiente conhecimento e maturidade. A consequência é que ambas as partes reduzem o nível de seus representantes e o diálogo perde eficiência. Na prática, contatos e relacionamentos que aconteciam entre gestores e diretores estão sendo reduzidos para interfaces entre analistas e técnicos.

Assim, o trato arrisca tornar-se apenas técnico e mecânico, não raro com lacunas na compreensão de estratégias e oportunidades. As consequências mais comuns têm sido os equívocos, os retrabalhos e um constante mal-estar proveniente da falta de confiança entre as partes.

É evidente que esta situação se torna recorrente nas fases mais difíceis do mercado, como estamos vivendo hoje. Mas a “juniorização” transfere os indesejáveis custos de uma atividade para outra ou de um processo para outro. Dentro de m


Um fato marcante do mercado de trabalho contemporâneo é a ascensão cada vez maior de jovens profissionais aos postos de gestão, rejuvenescendo o quadro das empresas. Atualmente, as lideranças são notoriamente mais novas do que os profissionais do mesmo nível costumavam ser no passado.

Isso certamente tem muito a ver com a formação técnica mais completa dos jovens de hoje. Obviamente, as mudanças ocorridas nos processos e na própria tecnologia também reforçam essa tendência nas empresas, pois são os jovens que invariavelmente desenvolvem e detêm o conhecimento novo.

No mundo organizacional, as crises provocam reestruturações imprevistas e inesperadas, que muitas vezes criam oportunidades para os jovens assumirem mais rapidamente as posições de gestão. No entanto, esta transformação também repercute nas relações entre as empresas, dificultando os negócios ao elevar rapidamente a curva de conflitos internamente e entre as organizações. Por serem oportunidades súbitas e repentinas, nem sempre o profissional já alcançou a necessária maturidade em seu desenvolvimento. De modo que esta antecipação torna necessário um cuidado especial, pois traz um potencial de incremento de conflitos que raramente é tratado nas organizações.

Nas relações entre empresas, muitas vezes ocorre uma “juniorização”, situação em que os jovens assumem papéis que anteriormente eram atribuições de profissionais mais experientes. Nos contatos entre empresas, é comum observar representantes que ainda não estão munidos de suficiente conhecimento e maturidade. A consequência é que ambas as partes reduzem o nível de seus representantes e o diálogo perde eficiência. Na prática, contatos e relacionamentos que aconteciam entre gestores e diretores estão sendo reduzidos para interfaces entre analistas e técnicos.

Assim, o trato arrisca tornar-se apenas técnico e mecânico, não raro com lacunas na compreensão de estratégias e oportunidades. As consequências mais comuns têm sido os equívocos, os retrabalhos e um constante mal-estar proveniente da falta de confiança entre as partes.

É evidente que esta situação se torna recorrente nas fases mais difíceis do mercado, como estamos vivendo hoje. Mas a “juniorização” transfere os indesejáveis custos de uma atividade para outra ou de um processo para outro. Dentro de muitas organizações, percebem-se novos conflitos surgindo onde um comportamento mais maduro e confiança mútua poderiam minimizar o problema, gerando os ganhos desejados.

Afinal, cuidar das relações internas e externas da empresa com um melhor conjunto de competências humanas é uma oportunidade de se criar diferenciação e ganhos de eficiência.

*Yoshio Kawakami é consultor da Raiz Consultoria e diretor técnico da Sobratema

 

 

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