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Revista M&T - Ed.144 - Março 2011
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Manutenção

Cuidados com a roda preservam o pneu

Além das inspeções de rotina, a manutenção das rodas envolve uma série de procedimentos na hora da montagem do pneu

A expressão “não inventar a roda” é mais do que perfeita para indicar os procedimentos de manutenção com esse componente, que é formado por aros e disco. Afinal, todos os passos para o cuidado com as rodas de caminhões já foram definidos por organismos internacionais como a Associação Latino-Americana de Pneus e Aros (Alapa). Para uma manutenção adequada desses componentes, basta que o usuário siga os procedimentos já especificados e, dessa forma, evitar graves problemas com a segurança da operação.

Um só detalhe ajuda a entender a importância da inspeção das rodas: elas fazem a ligação entre o veículo e o pneu, sendo que este último chega a representar cerca de 20% dos custos operacionais. Isso significa que as rodas, quando não são submetidas a uma manutenção adequada, podem causar sérios danos aos pneus, gerando riscos de acidente, problemas na operação e grandes prejuízos para os frotistas. Para os especialistas, a maioria dos problemas com aros e rodas está relacionada à sobrecarga e às falhas na manutenção. Mas esses não são os únicos fatores a serem considerados na hora de realizar a inspeção das rodas do caminhão (veja quadro na página 76).

Os especialistas ressaltam que existe uma fronteira para a recuperação dos aros e discos das rodas. Se eles estiverem danificados ou trincados, por exemplo, jamais devem ser soldados, pois as tensões residuais no local da solda vão provocar novas rachaduras. À medida que os veículos entram em operação, essas rachaduras tendem a aumentar rapidamente, criando a possibilidade de vazamento do pneu. Outra situação limite, que determina que o conjunto de rodas não deve permanecer em uso, é a presença de aros com deformações ou desgaste excessivo nos assentos dos furos de fixação.

Essas informações devem ser seriamente consideradas pelos frotistas quando se deparam com a possibilidade de recuperação dos conjuntos de rodas. Se os fatores acima forem detectados, a decisão correta é a substituição dos componentes. Na verdade, a prevenção pode tirar esse dilema do caminho dos gestores. As ações para se evitar desgastes irrecuperáveis são várias, a começar pelo combate à corrosão, que é o grande vilão das rodas.


A expressão “não inventar a roda” é mais do que perfeita para indicar os procedimentos de manutenção com esse componente, que é formado por aros e disco. Afinal, todos os passos para o cuidado com as rodas de caminhões já foram definidos por organismos internacionais como a Associação Latino-Americana de Pneus e Aros (Alapa). Para uma manutenção adequada desses componentes, basta que o usuário siga os procedimentos já especificados e, dessa forma, evitar graves problemas com a segurança da operação.

Um só detalhe ajuda a entender a importância da inspeção das rodas: elas fazem a ligação entre o veículo e o pneu, sendo que este último chega a representar cerca de 20% dos custos operacionais. Isso significa que as rodas, quando não são submetidas a uma manutenção adequada, podem causar sérios danos aos pneus, gerando riscos de acidente, problemas na operação e grandes prejuízos para os frotistas. Para os especialistas, a maioria dos problemas com aros e rodas está relacionada à sobrecarga e às falhas na manutenção. Mas esses não são os únicos fatores a serem considerados na hora de realizar a inspeção das rodas do caminhão (veja quadro na página 76).

Os especialistas ressaltam que existe uma fronteira para a recuperação dos aros e discos das rodas. Se eles estiverem danificados ou trincados, por exemplo, jamais devem ser soldados, pois as tensões residuais no local da solda vão provocar novas rachaduras. À medida que os veículos entram em operação, essas rachaduras tendem a aumentar rapidamente, criando a possibilidade de vazamento do pneu. Outra situação limite, que determina que o conjunto de rodas não deve permanecer em uso, é a presença de aros com deformações ou desgaste excessivo nos assentos dos furos de fixação.

Essas informações devem ser seriamente consideradas pelos frotistas quando se deparam com a possibilidade de recuperação dos conjuntos de rodas. Se os fatores acima forem detectados, a decisão correta é a substituição dos componentes. Na verdade, a prevenção pode tirar esse dilema do caminho dos gestores. As ações para se evitar desgastes irrecuperáveis são várias, a começar pelo combate à corrosão, que é o grande vilão das rodas.

Verificações de rotina
Sempre que o usuário realizar trocas ou reparos no pneu, recomenda-se a aplicação de uma nova camada de tinta anti-corrosiva nas rodas. Mas, se a manutenção detectar corrosão em estágio avançado, o mais prudente é tirar a roda de uso. A avaliação da corrosão pode ser feita no mesmo período em que o aperto das rodas é realizado. Os órgãos normativos nacionais e internacionais recomendam a realização desse aperto a cada 2 mil horas. Durante essa operação preventiva, os técnicos devem verificar a presença de todas as porcas e parafusos (prisioneiros), bem como as suas condições de conservação. Caso esteja faltando algum deles, é preciso providenciar os componentes antes da montagem.

No processo de aperto das rodas, os técnicos devem ficar atentos a um detalhe muito importante: a lubrificação. Porcas e parafusos nunca devem ser lubrificados porque o óleo atinge os filetes de rosca e causa perda de torque de fixação. A quebra de parafusos também implica a adoção de procedimentos padronizados. A substituição de um parafuso quebrado deve ser seguida pela troca dos parafusos vizinhos. Se mais de dois deles estiverem quebrados, todos os parafusos deverão ser trocados. Para saber o nível de aperto recomendado, os especialistas indicam que é preciso deixar visíveis quatro filetes de rosca.

Na mesma inspeção programada, os flanges precisam ser avaliados quanto à deformação, tanto nos aros como nos discos. Se estiverem danificados, os flanges podem permitir a entrada de pedras, areia ou outros corpos estranhos entre eles e o talão do pneu, o que pode causar falhas prematuras no pneu e comprometer a segurança da operação. Ao identificar pequenos danos nos flanges, é recomendado eliminar as bordas cortantes para não prejudicar os pneus durante a montagem e o uso. Tal procedimento precisa ser feito com perícia, para se manter a roda com seu perfil original.

Montagem e desmontagem
Os cuidados com as rodas não ficam restritos apenas à inspeção de aros e discos. A avaliação dos danos nos pneus, cujo custo exerce forte influência na operação do equipamento, é uma etapa fundamental para a adoção de procedimentos corretos – principalmente no caso dos equipamentos fora-de-estrada, que trabalham com cargas elevadas. O primeiro passo para isso é que a roda tenha a dimensão e largura corretas para o equipamento no qual está sendo utilizada.

O segundo passo está relacionado com a limpeza. Devido à natureza das atividades a que são submetidos, os equipamentos fora-de-estrada expõem suas rodas a vários tipos de contaminantes, como poeira, graxa, lubrificantes, ferrugem e outros, que precisam ser removidos constantemente. O cuidado com a limpeza envolve até mesmo a remoção de resíduos entre os talões dos pneus e o aro.

Uma vez observada que a roda é a adequada, que está devidamente limpa e não apresenta componentes danificados, inicia-se a montagem. No caso dos pneus com câmara, a indicação dos especialistas é o uso de uma câmara nova. Já nos modelos sem câmara, é recomendável a instalação de uma válvula nova, considerando o uso de extensões de válvula nos pneus de acesso mais difícil, como no caso de pneus internos de conjuntos duplos. Nesse momento, o profissional deve verificar o orifício para alojamento da válvula, observando se ele apresenta cantos arredondados e lisos, pois rebarbas ou bordas agudas poderão danificar a base ou a haste da válvula.

Principalmente nos pneus sem câmaras, é preciso lubrificar toda a região de assento do aro antes da montagem, com a utilização do óleo recomendado pelo fabricante. Essa prática pode evitar a quebra dos talões durante a montagem. A utilização do lubrificante correto evitará a aplicação de fluidos que contenham derivados de petróleo (hidrocarbonetos), pois eles provocam a degradação da borracha do pneu.

 

Procedimentos com aros de cinco peças
A maioria dos equipamentos fora-de-estrada utiliza rodas com aros desse tipo, com exceção de algumas máquinas equipadas com pneus menores, que utilizam aros de uma só peça. No caso do componente de cinco peças, porém, alguns cuidados podem garantir longevidade a esse componente e aos pneus, resultando em maior segurança para a operação:

- Nunca misture componentes de tipos ou fabricantes diferentes, nem conjuntos diferentes de aros.

- Inspecione sempre todos os componentes do aro antes de montar o pneu. Faça os reparos ou substitua os componentes que não estejam em perfeitas condições de uso.

- Limpe sempre todos os componentes metálicos do aro quando for trocar o pneu.

- Use sempre um anel de vedação novo.

- Use uma gaiola de segurança ou outro dispositivo durante a inflação do pneu.

- Antes de montar o pneu, lubrifique sempre todos os componentes do aro e os talões do pneu com lubrificante vegetal aprovado pelo fabricante.

- Nunca use martelo em um componente do aro para assentar o talão. Se o talão não assentar, esvazie o pneu e recomece o trabalho.

- Nunca solde o aro com o pneu montado, mesmo que ele esteja vazio.

 

 

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