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Revista M&T - Ed.158 - Junho 2012
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Implementos

Construção civil puxa a demanda do setor

Em um setor marcado pelo desaquecimento nos negócios, a forte demanda dos mercados de construção e mineração dita o desenvolvimento de novos modelos para tais aplicações

Em 2011, o mercado de implementos rodoviários cresceu 12%, ultrapassando a marca de 190 mil unidades comercializadas. Esse montante engloba todo o setor representado pela Associação Nacional dos Fabricantes de Implementos Rodoviários (Anfir), mas os responsáveis pelo incremento foram os produtos sobre chassi, segmento que inclui os equipamentos utilizados em construção civil e mineração – como as caçambas basculantes, por exemplo.

O bom desempenho do mercado para esse tipo de implemento é confirmado por fabricantes como a Noma e Rossetti, que aproveitaram a M&T Expo 2012 para apresentar lançamentos em suas respectivas linhas para operações em construção e mineração.

Pelas estimativas da Anfir, este ano seria caracterizado pelo desaquecimento nas vendas de implementos em geral. A associação fundamenta tais projeções na redução do acesso ao crédito do Finame, que diminuiu de 100% para 70% a parte financiável na compra de implementos rodoviários. Outro fator que também contribuiu para o desaquecimento do setor é a entrada em vigor da nova etapa da legislação de controle ambiental em veículos automotores, o Proconve7. Prevendo um aumento nos custos de aquisição de caminhões novos, muitos frotistas anteciparam as compras deste ano ou estão retardardando tais aquisições o que influencia diretamente o mercado de implementos.

Ações paliativas

“Essas projeções se confirmaram, pois no primeiro quadrimestre do ano o mercado teve queda geral de 3,71%”, diz Alcides Braga, presidente da Anfir. Para compensar essa situação, o governo baixou novas medidas de apoio à industria nacional. No setor de implementos, por exemplo, as taxas de juros foram reduzidas no crédito aos compradores classificados como grandes empresas. “Agora, a taxa média é de 7,3% ao ano, contra os 8,7% praticados anteriormente”, diz Braga.

Ele salienta que, no caso de pequenas e médias empresas, a taxa de juros média é de 5,5% ao ano, contra os 6,5% anteriores. “Além disso, a parte financiável ficou em 90% do valor de aquisição, para grandes empresas, e em 100% para as pequenas e médias, com alteração do prazo máximo de parcelamento de 96 para 120 meses”, completa


Em 2011, o mercado de implementos rodoviários cresceu 12%, ultrapassando a marca de 190 mil unidades comercializadas. Esse montante engloba todo o setor representado pela Associação Nacional dos Fabricantes de Implementos Rodoviários (Anfir), mas os responsáveis pelo incremento foram os produtos sobre chassi, segmento que inclui os equipamentos utilizados em construção civil e mineração – como as caçambas basculantes, por exemplo.

O bom desempenho do mercado para esse tipo de implemento é confirmado por fabricantes como a Noma e Rossetti, que aproveitaram a M&T Expo 2012 para apresentar lançamentos em suas respectivas linhas para operações em construção e mineração.

Pelas estimativas da Anfir, este ano seria caracterizado pelo desaquecimento nas vendas de implementos em geral. A associação fundamenta tais projeções na redução do acesso ao crédito do Finame, que diminuiu de 100% para 70% a parte financiável na compra de implementos rodoviários. Outro fator que também contribuiu para o desaquecimento do setor é a entrada em vigor da nova etapa da legislação de controle ambiental em veículos automotores, o Proconve7. Prevendo um aumento nos custos de aquisição de caminhões novos, muitos frotistas anteciparam as compras deste ano ou estão retardardando tais aquisições o que influencia diretamente o mercado de implementos.

Ações paliativas

“Essas projeções se confirmaram, pois no primeiro quadrimestre do ano o mercado teve queda geral de 3,71%”, diz Alcides Braga, presidente da Anfir. Para compensar essa situação, o governo baixou novas medidas de apoio à industria nacional. No setor de implementos, por exemplo, as taxas de juros foram reduzidas no crédito aos compradores classificados como grandes empresas. “Agora, a taxa média é de 7,3% ao ano, contra os 8,7% praticados anteriormente”, diz Braga.

Ele salienta que, no caso de pequenas e médias empresas, a taxa de juros média é de 5,5% ao ano, contra os 6,5% anteriores. “Além disso, a parte financiável ficou em 90% do valor de aquisição, para grandes empresas, e em 100% para as pequenas e médias, com alteração do prazo máximo de parcelamento de 96 para 120 meses”, completa Braga. Segundo o presidente da Anfir, essas mudanças proporcionaram uma recuperação do setor, que deverá ser computada a partir do segundo semestre.

No mercado de construção e mineração, entretanto, as vendas de implementos rodoviários deverão crescer ainda mais do que os índices registrados no início do ano. E não se trata de um crescimento modesto, afinal, somente na linha de pranchas carrega-tudo, bastante utilizadas por esses mercados, o aumento nas vendas chegou próximo a 30% no primeiro quadrimestre do ano. “A única explicação para esse cenário é a pujança da construção civil, o que está levando os fabricantes do setor a investir no desenvolvimento e produção de novas linhas para esses segmentos de mercado”, diz ele.

Novidades para o setor

A Noma, por exemplo, se inclui nessa categoria. A fabricante, tradicional no segmento de transporte rodoviário, lançou três produtos dedicados aos mercados de construção e mineração durante a M&T Expo 2012, feira na qual, diga-se de passagem, participou pela primeira vez como expositora. “Já vínhamos programando há quatro anos a participação nesse evento com o intuito de ampliar os negócios nos setores de mineração e construção”, diz Luiz Mesquita de Arruda Camargo, diretor comercial da fabricante.

Entre as novidades apresentadas pela empresa está a carreta basculante meia cana, voltada para o transporte de minérios abrasivos. “Ela é confeccionada em aço de alta resistência e está disponível em dois modelos, sendo um deles para aplicação sobre chassi 8x4, mais usado por para transportar rochas de primeira explosão, e outro para chassi 6x2, para rochas provenientes de segunda explosão”, diz o especialista da Noma.

A fabricante, cujas caçambas basculantes respondem por 8% dos negócios e devem passar a representar 15% até 2013, aposta em outra novidade para o transporte de minérios e materiais movimentados em construção. Trata-se de um produto-conceito lançado em parceria com a SR Equipamentos Rodoviários, formado por uma caçamba que, ao invés de bascular, empurra o material carregado para o despejo. “Com o acionamento de uma tampa retrátil, movida horizontalmente por um cilindro hidráulico, é possível fazer a descarga de material em locais confinados, como túneis de menor diâmetro, onde essa operação seria inviável”, explica Silvio Roberto Romanelli, diretor da SR Equipamentos.

Uma aplicação para o implemento são as operações em que o despejo de material precisa ser feito com o caminhão em movimento. Nos trabalhos com motoniveladoras, por exemplo, onde o equipamento vem nivelando o material descarregado pelo caminhão, a operação pode ser otimizada em até 80%, segundo testes realizados recentemente pela Noma.

Esse modelo de caçamba ainda não foi comercializado no mercado, mas, segundo Mesquita, da Noma, sua operação também é ideal para obras de pavimentação, pois otimiza a produtividade das vibroacabadoras. “O basculamento tradicional de massa  asfáltica quente geralmente cria grandes blocos de material e dificulta o trabalho da vibroacabadora, quando não a danifica por ter que processar extratos de materiais já frios e endurecidos.” Ele ressalta que o tempo de descarga desse equipamento, quando se trata de terra, é de 8 minutos, um período semelhante ao alcançado pelas caçambas basculantes.

Vanderléia basculante

A Rossetti, por sua vez, que sempre teve foco em implementos para o transporte de materiais em operações off-road, também lançou novos produtos de olho na demanda do setor de construção civil brasileira. O primeiro deles é uma vanderléia basculante que, segundo a empresa, conta com uma configuração inovadora ao dispensar o deslizamento da caçamba durante o basculamento. Esse tipo de implemento se caracteriza por contar com distância entre eixos superior a 2,4 m.

De acordo com Daniel Ângelo Rossetti, gerente de marketing da empresa, o produto é patenteado e apresenta uma extensão da caçamba na parte traseira para eliminar qualquer dispositivo de deslizamento da caçamba sobre o chassi ou os eixos, algo presente em outros implementos desse tipo. “O deslizamento gera desgaste de componentes e ainda configura uma operação de basculamento lenta”, diz ele. “O nosso produto realiza ciclos rápidos, de 2,5 minutos, um prazo que é considerado até quatro vezes menor que o dos concorrentes”, complementa.

Nesse novo modelo da Rossetti, o basculamento é acionado diretamente da cabine e faz uso somente do cilindro hidráulico central, que ergue a caçamba até o ângulo necessário para a descarga, sem expor o caminhão a riscos de tombamento. “O implemento foi desenvolvido para manter o centro de gravidade do caminhão durante o basculamento, algo que também é uma diferencial em relação a outras vanderléias basculantes dos concorrentes. ”

A vez dos 8x2

Ele explica que esse diferencial é importante para a segurança da operação, pois, como as caçambas dessas vanderléias são longas, necessitam ser erguidas a altos ângulos para o despejo do material. “Isso pode configurar um risco de instabilidade para o conjunto em regiões com incidência de ventos fortes”, afirma o executivo. O novo implemento sai de fábrica equipado com inclinômetro digital, impedindo automaticamente o basculamento em ângulos laterais críticos. “O equipamento foi projetado para operar em veículos 6x2 e 6x4, com caçambas de 20, 25, 30 ou 35 m³ de volume, e capacidade de carga liquida de até 34,6 t”, diz Rossetti.

Outra novidade da fabricante consiste na caçamba basculante para caminhões 8x2, denominada de Levtec e disponível em versões de 10 e 14 m³ de capacidade. Os caminhões 8x2 – que contam com um segundo eixo direcional – já são, naturalmente, uma opção mais produtiva que os tradicionais 6x2 e o desenvolvimento de caçambas para sua aplicação visa a maximizar essa vantagem. Isso porque, segundo o especialista da Rossetti, os 8x2 são capazes de transportar até 29 t de Peso Bruto Total (PBT Técnico), enquanto os 6x2 transportam até 23 t.

No caso da Levtec, diz o especialista, essa vantagem é ampliada, pois a caçamba é constituída de aço de alta resistência, o que seria uma novidade da fabricante para esse tipo de implemento. “Com o uso de aço especial, pudemos compor chapas estruturais de menor espessura, o que, consequentemente, reduz o peso específico da caçamba”, diz ele. “Por isso, na versão de 12 m³, por exemplo, a caçamba pesa apenas 2,5 t, o que representa 35% a menos do que o de produtos concorrentes”, ele finaliza.

 

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