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Revista M&T - Ed.152 - Novembro 2011
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Redutores

Componentes que geram produtividade e garantem segurança

Dimensionar o tipo de redutor e aplicar corretamente as regras de manutenção para alcançar sua máxima vida útil são atitudes que podem evitar acidentes e otimizar as operações nos canteiros de obras e lavras de minério

Os redutores de velocidade são componentes integrados a diversos equipamentos de construção e mineração e cuja função é obter grandes reduções de transmissão sem a necessidade de recorrer a engrenagens de diâmetro elevado. Por isso esses sistemas figuram como uns dos principais componentes de alguns equipamentos de canteiros de obras, como gruas e elevadores de cremalheira, o que faz com que as tarefas de especificá-los corretamente e realizar as manutenções indicadas para manter a máxima vida útil se tornem requisitos fundamentais para o dia a dia dos gestores de manutenção.

Segundo Amauri Dellalibera, analista de marketing da Cestari – um dos players brasileiros no fornecimento de redutores para equipamentos usados em construção e mineração – há basicamente quatro tipos de redutores aplicados no Brasil: os de engrenagens helicoidais, que levam eixos paralelos, os de engrenagem cônica, os de engrenagens do tipo rosca sem-fim e os redutores planetários, que apresentam a vantagem de serem mais compactos e, por isso, são indicados para máquinas que operam em locais confinados. “Por outro lado, eles têm um custo de aquisição maior e sua manutenção é mais cara, pois despende mão-de-obra especializada”, avalia o especialista.

Para escolher o redutor ideal, Dellallibera lembra que o primeiro passo é estipular as características de operação da máquina. Desse modo, é preciso saber o torque e a potência do motor além da velocidade na qual ele vai trabalhar, para definir a relação de redução necessária para a operação. “Esses indicativos permitem dimensionar o fator de serviço, que é a adaptação do redutor ao tipo de carga que ele vai ser submetido”, diz ele. “Com essas informações em mãos, surgirá um verdadeiro leque de opções e a escolha geralmente é pautada por fatores subjetivos (gosto do gestor de manutenção), além de preço de aquisição e de manutenção”, complementa.

No Brasil, a Cestari oferece como opções de prateleira redutores com fator de redução que vai de 1:2 até de 1:30.000. Em todos os casos a rotação de entrada pode ser de no máximo 2 mil rpm. “Além dessas opções há outras variáveis, que são customizadas, lembrando que para redu


Os redutores de velocidade são componentes integrados a diversos equipamentos de construção e mineração e cuja função é obter grandes reduções de transmissão sem a necessidade de recorrer a engrenagens de diâmetro elevado. Por isso esses sistemas figuram como uns dos principais componentes de alguns equipamentos de canteiros de obras, como gruas e elevadores de cremalheira, o que faz com que as tarefas de especificá-los corretamente e realizar as manutenções indicadas para manter a máxima vida útil se tornem requisitos fundamentais para o dia a dia dos gestores de manutenção.

Segundo Amauri Dellalibera, analista de marketing da Cestari – um dos players brasileiros no fornecimento de redutores para equipamentos usados em construção e mineração – há basicamente quatro tipos de redutores aplicados no Brasil: os de engrenagens helicoidais, que levam eixos paralelos, os de engrenagem cônica, os de engrenagens do tipo rosca sem-fim e os redutores planetários, que apresentam a vantagem de serem mais compactos e, por isso, são indicados para máquinas que operam em locais confinados. “Por outro lado, eles têm um custo de aquisição maior e sua manutenção é mais cara, pois despende mão-de-obra especializada”, avalia o especialista.

Para escolher o redutor ideal, Dellallibera lembra que o primeiro passo é estipular as características de operação da máquina. Desse modo, é preciso saber o torque e a potência do motor além da velocidade na qual ele vai trabalhar, para definir a relação de redução necessária para a operação. “Esses indicativos permitem dimensionar o fator de serviço, que é a adaptação do redutor ao tipo de carga que ele vai ser submetido”, diz ele. “Com essas informações em mãos, surgirá um verdadeiro leque de opções e a escolha geralmente é pautada por fatores subjetivos (gosto do gestor de manutenção), além de preço de aquisição e de manutenção”, complementa.

No Brasil, a Cestari oferece como opções de prateleira redutores com fator de redução que vai de 1:2 até de 1:30.000. Em todos os casos a rotação de entrada pode ser de no máximo 2 mil rpm. “Além dessas opções há outras variáveis, que são customizadas, lembrando que para reduções menores que 1:10 o redutor deve ser, necessariamente, de engrenagens”, diz ele.

Daniel Paganini, consultor técnico da Sew-Eurodrive – outro player do mercado de motoredutores no Brasil – salienta que os redutores estão presentes na maioria dos equipamentos de elevação de carga e pessoas e são usados em lugar dos sistemas de transmissão abertos. “Atualmente, devido à variedade de tipos e construções, há redutores para atuar em praticamente todas as exigências da indústria”, diz ele. Para aplicação em equipamentos transportadores, Paganini exemplifica a utilização de redutores de engrenagens helicoidais ou de engrenagens cônicas, dependendo da configuração do transportador e do espaço disponível para montagem do redutor. De acordo com ele, existe certa preferência pelo segundo tipo, pois o eixo de saída é ortogonal e pode ser fornecido com o eixo oco, facilitando a montagem ao rolo acionado. “Além disso, o redutor de engrenagem cônica pode ser fornecido com um sistema TorqLoc, da Sew, onde a combinação de duas buchas cônicas e um disco de contração facilita a montagem e desmontagem e elimina, praticamente, problemas de corrosão entre eixo acionado e redutor”, complementa.

Sistemas de frenagem

No caso de elevadores de cremalheira, Paganini avalia que os motoredutores helicoidais, com eixos paralelos e flange, são mais indicados pela Sew. Isso se deve ao fato de incorporarem freio eletromagnético, que funciona pelo princípio de desenergização. “Ou seja, quando há falta de energia, o freio é acionado imediatamente, garantindo a segurança na operação e a confiabilidade do sistema”, diz o especialista, salientando que nos redutores da marca o freio eletromagnético é composto por um sistema patenteado de duas bobinas e funciona de maneira rápida em aplicações de elevação de carga, evitando choques indesejáveis quando o elevador volta a funcionar.

Amauri Dellallibera, por sua vez, destaca a utilização de redutores de rosca sem-fim como sistema de frenagem auxiliar. “Os redutores tipo coroa e rosca sem-fim, chamados de auto-travantes, são muito usados em sistemas de elevação. Além disso, podem ser dotados de motor e freio a disco ou de sapatas, aplicados para garantir o travamento do sistema em caso de emergência. Eles funcionam como backup no caso de falha do redutor”, diz ele, comparando com os redutores de engrenagem helicoidal, que não oferecem sistemas de freio com a mesma eficiência.

O especialista da Cestari também chama a atenção para o sistema de freio acoplado ao motor elétrico (motorredutor), indicado para operações de risco operacional elevado. “Isso se aplica com frequência na mineração, em grandes equipamentos como as correias transportadoras”, diz ele. Nesse caso, a empresa oferece um sistema de freio de contra recuo. “Nas correias transportadoras o material é transportado sempre em um só sentido, o que exige que as engrenagens do redutor também funcionem em um só sentido. Num caso de queda de energia, por exemplo, as engrenagens tenderiam a voltar (girar no sentido contrário) prejudicando o conjunto . Por isso, o sistema de contra recuo se torna um componente importante”, complementa ele.

Cuidados de manutenção

Quando tratados corretamente, os motoredutores atingem vida útil elevada e não necessitam de manutenções corretivas em curto espaço de tempo. Para alcançar essa projeção, alguns cuidados devem ser tomados, desde a instalação até a lubrificação periódica e correta do sistema. “Ao realizar a instalação é preciso fazer o alinhamento entre máquina e redutor e entre redutor e motor, utilizando sempre uma pasta anticorrosiva ao instalar elementos de transmissão ou acoplamentos em eixos sólidos”, diz Daniel Paganini.

Amauri Dellallibera, por sua vez, lembra que o principal cuidado operacional com redutores é a lubrificação, responsável por cerca de 70% das falhas nesses componentes. “Isso se deve não somente ao uso de lubrificante incorreto, mas também ao descumprimento dos prazos de troca, além da incidência de impurezas contaminantes e vazamentos”, diz ele. Segundo o especialista, uma das práticas erradas e mais comuns na lubrificação de rolamentos é o uso de óleo fora da especificação. “Encontramos frequentemente mecânicos que utilizam óleo automotivo (SAE) para lubrificar redutores. Isso é errado. Os lubrificantes de redutores são os industriais (ISO), cujos tipos ideais se encontram nos manuais da fabricante”, enfatiza.

A mistura de tipos diferentes de óleo é outra prática errada em redutores. Aliás, essa é a terceira ação mais cometida no ranking estabelecido pelo especialista da Cestari sobre a lubrificação incorreta desses componentes. O primeiro item é a falta de lubrificante, enquanto o segundo é a já citada utilização de óleos incorretos. “O outro fator comum que complementa a lista é o uso de lubrificante em excesso. Isso causa superaquecimento e a consequente fadiga térmica ao redutor, desencadeando vazamentos, aumento de pressão e perda de rendimento do sistema”, finaliza ele.

 

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