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Revista M&T - Ed.129 - Outubro 2009
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Manutenção

Como recuperar os elementos estruturais

Por desgaste natural ou por falhas na operação, as articulações e os elementos estruturais dos equipamentos, como lanças e braços, precisam ser submetidos a recuperação, um processo que exige conhecimento e cuidados especiais

Na maioria dos casos, as articulações dos elementos estruturais dos equipamentos fora-de-estrada – como braços e lanças – são formadas por pinos e buchas. Nos modelos de alguns fabricantes, entretanto, elas podem contar somente com os pinos, como no caso da articulação da caçamba de escavadeiras. Seja qual for o sistema adotado, esses componentes devem ser submetidos a um rigoroso programa de manutenção, já que desempenham papel fundamental na movimentação dos equipamentos. Nas máquinas expostas a trabalhos severos ou a longa carga horária de serviço, recomenda-se que a inspeção seja realizada semanalmente, sempre por um técnico especializado.

Essa verificação costuma ser feita com base nas folgas excessivas durante a movimentação dos braços. Como exemplo, tomemos o elemento estrutural de uma escavadeira de 20 t, na qual há quatro articulações na lança e mais a articulação da caçamba – essa última realizada somente pelo pino. Nesse caso, a recuperação sempre deverá ser feita com deposição de solda e a usinagem do furo de ligação, de forma a se restabelecer as especificações iniciais das paredes internas de aço da articulação.

Em compensação, nas demais articulações da lança é possível evitar a usinagem e a recuperação prematura dos componentes com a simples troca das buchas no momento certo. Para isso, basta monitorar o desgaste de suas paredes, de forma a evitar que ele atinja a parede do alojamento da bucha. Vale ressaltar que as buchas ficam contidas em orifícios dotados de uma parede protetora, usinada em fábrica com a espessura necessária para o correto funcionamento das articulações. Numa situação de desgaste, a bucha começa a girar nesse orifício, acarretando o contato direto entre as peças de aço o resultando no desgaste excessivo das paredes. Nesse caso, a recuperação só poderá ser feita por deposição de solda e usinagem.

Para a execução desses serviços, os profissionais envolvidos devem se cercar de cuidados especiais. O serviço de soldagem, por exemplo, precisa ser executado em áreas com pouca ventilação, de forma a se evitar a formação de porosidade nas paredes recuperadas. A regulagem da máquina de solda e sua correta voltagem também influenciam no resultado final da recuperação. Por ess


Na maioria dos casos, as articulações dos elementos estruturais dos equipamentos fora-de-estrada – como braços e lanças – são formadas por pinos e buchas. Nos modelos de alguns fabricantes, entretanto, elas podem contar somente com os pinos, como no caso da articulação da caçamba de escavadeiras. Seja qual for o sistema adotado, esses componentes devem ser submetidos a um rigoroso programa de manutenção, já que desempenham papel fundamental na movimentação dos equipamentos. Nas máquinas expostas a trabalhos severos ou a longa carga horária de serviço, recomenda-se que a inspeção seja realizada semanalmente, sempre por um técnico especializado.

Essa verificação costuma ser feita com base nas folgas excessivas durante a movimentação dos braços. Como exemplo, tomemos o elemento estrutural de uma escavadeira de 20 t, na qual há quatro articulações na lança e mais a articulação da caçamba – essa última realizada somente pelo pino. Nesse caso, a recuperação sempre deverá ser feita com deposição de solda e a usinagem do furo de ligação, de forma a se restabelecer as especificações iniciais das paredes internas de aço da articulação.

Em compensação, nas demais articulações da lança é possível evitar a usinagem e a recuperação prematura dos componentes com a simples troca das buchas no momento certo. Para isso, basta monitorar o desgaste de suas paredes, de forma a evitar que ele atinja a parede do alojamento da bucha. Vale ressaltar que as buchas ficam contidas em orifícios dotados de uma parede protetora, usinada em fábrica com a espessura necessária para o correto funcionamento das articulações. Numa situação de desgaste, a bucha começa a girar nesse orifício, acarretando o contato direto entre as peças de aço o resultando no desgaste excessivo das paredes. Nesse caso, a recuperação só poderá ser feita por deposição de solda e usinagem.

Para a execução desses serviços, os profissionais envolvidos devem se cercar de cuidados especiais. O serviço de soldagem, por exemplo, precisa ser executado em áreas com pouca ventilação, de forma a se evitar a formação de porosidade nas paredes recuperadas. A regulagem da máquina de solda e sua correta voltagem também influenciam no resultado final da recuperação. Por esse motivo, o serviço só deverá ser realizado por operadores capacitados.

Seja nas soldagens com eletrodos ou nas feitas pelo sistema MIG, a recuperação precisa contemplar todas as articulações da lança, uma prática que evitará o futuro desalinhamento do elemento estrutural. A forma mais usual de executar o serviço é proceder ao revestimento de três articulações simultaneamente, ficando a quarta como base de referência para ser recuperada posteriormente, de forma a manter o alinhamento da lança. Nas escavadeiras, geralmente a última articulação a ser recuperada é a que fixa o cilindro no braço do equipamento.

Recuperação em carregadeiras
No caso das pás carregadeiras, nas quais a fixação dos elementos se dá por duas articulações, a recuperação requer práticas ainda mais específicas. A principal delas é o posicionamento da fixação para usinagem dos furos, de forma que o serviço seja realizado simultaneamente, evitando o desalinhamento do elemento “H”. Algumas empresas realizam essa recuperação separadamente, ou seja, usinam ou soldam uma articulação de cada vez. Tal procedimento não é recomendável, pois se um furo estiver desalinhado em relação ao outro, isto pode resultar no empenamento das hastes dos cilindros e até na contaminação de todo o sistema hidráulico do equipamento.

Vários fatores podem comprometer os elementos estruturais dos equipamentos, desde o descuido com a manutenção – como o desrespeito aos prazos de troca das buchas – até os problemas ocasionados por falhas na operação. Nas carregadeiras, por exemplo, é comum o operador realizar o carregamento com a máquina articulada em relação ao eixo traseiro. O resultado dessa prática incorreta pode ser uma trinca no meio do crossmember (elemento que une as duas longarinas do H do equipamento) ou na solda entre o crossmember e as longarinas do H. Se isso ocorrer, o crossmember precisará ser trocado, acarretando um alto custo de manutenção.

A reforma da caçamba das carregadeiras ou a substituição da sua borda da base, necessárias em casos de trinca ou empenamento desses componentes, também exige procedimentos adequados (veja mais detalhes sobre trincas no quadro ao lado). Nesses casos, a condição básica é trocar as chapas desgastadas por outras com as mesmas especificações indicadas pelo fabricante. Manter a geometria original da caçamba também ajudará a preservar o desempenho do equipamento na nova vida desse componente.

A substituição da borda da base deve ser precedida pelo travamento da caçamba, por meio de tirantes de aço, para evitar o empenamento do conjunto. Além disso, antes de soldar a nova borda, é preciso pré-aquecer a área, pois, como se trata de aço de alta dureza, a execução de solda sem pré-aquecimento poderá gerar trincas em todo o elemento. Após esse procedimento, corta-se a borda da base antiga e solda-se a nova. Durante todo o processo, a caçamba deve continuar travada com os tirantes, até que a nova solda esteja totalmente fria.

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