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Revista M&T - Ed.126 - Julho 2009
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Artigo

Britagem móvel flexibiliza obra rodoviária

Com o uso de um conjunto móvel de britagem sobre esteira, construtora produz o macadame necessário à obra no próprio local

Quase 25 anos apos o lançamento dos primeiros conjuntos moveis de britagem sobre esteira, o seu uso no cenário mundial continua em ritmo crescente e ha muito tempo já ultrapassou o dos tradicionais conjuntos sobre pneus, equiparando-se ate mesmo ao dos britadores primários fixos. Esse sucesso se deve a sua rapidez nos deslocamentos, similar a dos equipamentos de carga, o que permite transportá-los de uma obra para outra com facilidade. Sua imediata entrada em operação, dispensando obras civis e instalação elétrica, e outro fator que contribui para a popularização do equipamento.

Tais características tornam os conjuntos moveis de britagem sobre esteiras ideais para uso em obras de curto prazo e que requerem relocações frequentes. Por esse motivo, são largamente empregados na execução de obras rodoviárias e na reciclagem de entulho de construção civil. Apesar do grande avanço tecnológico pelo qual passaram os conjuntos moveis sobre pneus, reduzindo drasticamente o tempo necessário para a sua montagem e desmobilização, eles estão longe de atingir os mesmos niveis de mobilidade oferecidos pelos modelos sobre esteira.

O desenvolvimento dos conjuntos sobre esteira começou com a britagem primaria, mas atualmente existe uma grande variedade de configurações com rebritadores de cone e tipo VSI, bem como modelos com peneiras para classificação. Tamanha diversidade possibilita a montagem de uma instalação de britagem completa com equipamentos sobre esteira, abrindo novas possibilidades com o uso desse conceito em construção civil e mineração.

Cenário brasileiro

Apesar do crescente interesse por parte das construtoras, o uso do equipamento no Brasil ainda e insignificante quando comparado com outros países cujo mercado de construção e até mesmo menor que o nosso. Ao contrario da maioria desses países, onde a disseminação dos conjuntos de britagem sobre esteira começou pelos canteiros de obras, as primeiras unidades vendidas no Brasil foram para o setor de mineração. Os conjuntos móveis sobre pneus ainda predominam no mercado brasileiro e o custo de aquisição permanece como um entrave para a difusão dos modelos sobre esteira no país. Enquanto o Brasil possui tecnologia de ponta e fabrica os conjuntos sobre pneus localmente, todos os conjuntos sobre esteira são importa


Quase 25 anos apos o lançamento dos primeiros conjuntos moveis de britagem sobre esteira, o seu uso no cenário mundial continua em ritmo crescente e ha muito tempo já ultrapassou o dos tradicionais conjuntos sobre pneus, equiparando-se ate mesmo ao dos britadores primários fixos. Esse sucesso se deve a sua rapidez nos deslocamentos, similar a dos equipamentos de carga, o que permite transportá-los de uma obra para outra com facilidade. Sua imediata entrada em operação, dispensando obras civis e instalação elétrica, e outro fator que contribui para a popularização do equipamento.

Tais características tornam os conjuntos moveis de britagem sobre esteiras ideais para uso em obras de curto prazo e que requerem relocações frequentes. Por esse motivo, são largamente empregados na execução de obras rodoviárias e na reciclagem de entulho de construção civil. Apesar do grande avanço tecnológico pelo qual passaram os conjuntos moveis sobre pneus, reduzindo drasticamente o tempo necessário para a sua montagem e desmobilização, eles estão longe de atingir os mesmos niveis de mobilidade oferecidos pelos modelos sobre esteira.

O desenvolvimento dos conjuntos sobre esteira começou com a britagem primaria, mas atualmente existe uma grande variedade de configurações com rebritadores de cone e tipo VSI, bem como modelos com peneiras para classificação. Tamanha diversidade possibilita a montagem de uma instalação de britagem completa com equipamentos sobre esteira, abrindo novas possibilidades com o uso desse conceito em construção civil e mineração.

Cenário brasileiro

Apesar do crescente interesse por parte das construtoras, o uso do equipamento no Brasil ainda e insignificante quando comparado com outros países cujo mercado de construção e até mesmo menor que o nosso. Ao contrario da maioria desses países, onde a disseminação dos conjuntos de britagem sobre esteira começou pelos canteiros de obras, as primeiras unidades vendidas no Brasil foram para o setor de mineração. Os conjuntos móveis sobre pneus ainda predominam no mercado brasileiro e o custo de aquisição permanece como um entrave para a difusão dos modelos sobre esteira no país. Enquanto o Brasil possui tecnologia de ponta e fabrica os conjuntos sobre pneus localmente, todos os conjuntos sobre esteira são importados, o que eleva o investimento do usuário na sua aquisição.

Esse cenário, entretanto, não foi suficiente para conter o pioneirismo da construtora catarinense A Mendes, que apostou na versatilidade do conjunto móvel sobre esteira e colocou em operação a primeira unidade a ser usada em obras rodoviárias no Brasil. A empresa atua nesse segmento da construção e conta atualmente com cerca de 40 obras em andamento em todo o estado de Santa Catarina.

A necessidade de adquirir um conjunto de britagem de alta mobilidade surgiu quando ela ganhou uma licitação para a construção de uma praça de pedágio na rodovia BR-101, em Porto Belo (SC). Apesar de já possuir, em perfeitas condições de uso, um conjunto móvel sobre pneus IBP-752, fabricada pela antiga Barber Greene, ela precisava de uma solução para a elevada produção de brita em curto espaço de tempo.

Flexibilidade nas mobilizações

Segundo o proprietário da construtora, Jose de Assis Correa, mais conhecido por Donga, a obra tinha um prazo de execução de 100 dias, período no qual demandaria a produção de 70.000 m3 de macadame seco (4" – 1"). Alem disso, o empresário buscava um equipamento que, alem de ser capaz de atender esse contrato, fosse suficientemente flexível para seu uso em futuras obras realizadas pela empresa.

O modelo escolhido foi o conjunto móvel de britagem sobre esteira Lokotrack LT-95S, da Metso, que tem capacidade para 350 t/h. Desde janeiro de 2008, quando entrou em operacao, o equipamento foi mobilizado em cinco obras e, de acordo com os cálculos de Donga, o investimento da empresa na sua aquisição já se pagou. Ele ressalta ainda que o equipamento e ideal para o perfil de obras executadas pela A Mendes, de prazos curtos e localizações pulverizadas.

A operação e a manutenção do Lokotrack estão a cargo de Julio Cesar, irmão de Donga, que destaca sua alta produtividade. Na construção da praça de pedágio, por exemplo, ele alcançou a produção media de 1.000 m3/dia trabalhando regularmente em um turno de 12 h. Quanto à manutenção, o especialista ressalta que, salvo a substituição de alguns componentes, ele não apresentou maiores problemas, tendo se revelado um equipamento de alta confiabilidade.

Julio Cesar também salienta a amigabilidade no manuseio do sistema de controle eletrônico do conjunto móvel, o que facilita tanto sua operação como a manutenção. Os parâmetros operacionais de todos os equipamentos embarcados podem ser monitorados e ajustados facilmente por meio desse sistema, como no caso da regulagem da abertura do britador feita hidraulicamente apos um simples apertar de botão. O mesmo sistema eletrônico acusa imediatamente a ocorrência de qualquer anormalidade, conferindo rapidez aos reparos e aumentando a disponibilidade do equipamento.

Mobilidade com baixo consumo

O conjunto trabalha atualmente na obra da rodovia SC-407, que liga Rancho Queimado a Anitapolis, num trecho de 23 km, a cerca de 60 km de Florianópolis. Nesse contrato, o equipamento devera produzir 48.000 m3 de macadame seco e, de acordo com o engenheiro residente Elias Dipp, que acompanha sua operação, ele já foi relocado uma vez dentro do canteiro para britar seixo rolado e, num período de baixa demanda, foi deslocado para atender outra obra realizada pela construtora.

Elias Dipp, que já trabalhou muito tempo com conjunto móvel da linha Azteca, aponta essa mobilidade do Lokotrack como o grande diferencial em relação aos tradicionais modelos sobre pneus. O baixo consumo de óleo diesel (17 l/h), que constitui o principal componente do custo operacional, também merece destaque por parte do engenheiro, assim como os recursos de tecnologia embarcada do equipamento, que facilitam sua operação e aumentam a produtividade.

O britador de mandíbulas do conjunto móvel e acionado por motor hidráulico, permitindo sua partida mesmo com a câmara cheia. Caso seja ultrapassado o limite de esforço, uma válvula de alivio impede a sobrecarga e evita danos ao britador. A reversão da rotação, outro recurso disponível no equipamento, ajuda no desengaiolamento e um sensor infravermelho colocado no chute de alimentação do britador controla a velocidade desse fluxo, possibilitando a automatização de toda a operação.

A versão do Lokotrack adquirida pela A Mendes possui peneira vibratória acoplada ao conjunto.
Essa configuração permite produzir o macadame sem a necessidade de instalar uma peneira externa e o componente pode ser montado ou desacoplado do conjunto móvel em questão de minutos.

A equipe responsável pelo conjunto móvel e composta basicamente por um operador e um auxiliar, alem do profissional que comanda a escavadeira Volvo EC-240, dotada de caçamba de 1,45 m3, que e usada como equipamento de carga. Completando a equipe ha ainda o operador da pa carregadeira mobilizada para o carregamento dos caminhões. A rigor, como o Lokotrack permite comandos por radiocontrole, o próprio operador da escavadeira poderia comandar toda a britagem, sem a necessidade de um operador exclusivo para essa tarefa.

(*) Toshihiko Ohashi é gerente de aplicação de britagem e peneiramento da linha de negócios de mineração/América do Sul da Metso.

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