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Revista M&T - Ed.183 - Setembro 2014
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Elevadores

Atualização nos canteiros

Válida desde maio, normalização cria exigências que restringem o uso de elevadores a cabo para transporte de pessoas, abrindo espaço para modelos de cremalheira

Os dias dos elevadores a cabo estão contados nos canteiros de obras brasileiros. Isso porque a portaria n° 664 do Ministério do Trabalho e Emprego estabelece que os novos elevadores instalados a partir do dia 10 de maio de 2014 devem atender às exigências da NBR 16200, da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).

A norma – que rege parâmetros de segurança, fabricação e instalação de elevadores de passageiros e carga em canteiros de obras – traz exigências que na prática proíbem o uso de elevadores a cabo nesse tipo de operação, apertando o “botão” que faltava para elevar de vez o mercado nacional de ascensores a cremalheira. “Os elevadores tracionados por cabo de aço passam a ter uso restringido nos canteiros de obras por uma questão de capacidade de carga, altura e espaço disponível dentro da cabine”, contextualiza Carlos Eduardo Viégas Alves, engenheiro da Mecan, empresa que atua nesse mercado fornecendo elevadores de cremalheira com capacidades de carga de 1,2 e 2 t.

Outro player atento às novas exigências normativas para elevadores utilizados em canteiros de obras é a Montarte. Segundo Wagner Lima, diretor técnico da empresa, agora há uma lista de exigências técnicas que basicamente proíbem o elevador a cabo de transportar pessoas nesse ambiente. O detalhe é que mesmo os elevadores instalados antes da norma entrar em vigor só podem ser utilizados até um ano após a efetivação da portaria, ou seja, até maio de 2015. “Agora, há exigências unificadas tanto para elevadores a cabo quanto de cremalheira”, detalha o especialista (confira lista com outras exigências no quadro da pág. 82). “Isso inclui instalação de célula de carga, que é o sistema que impede a sobrecarga, e relés de monitoramento de segurança nas cancelas e na cabine, garantindo a parada da cabine em caso de abertura de emergência, da porta ou da cancela.”

CREMALHEIRA

Com o inevitável aquecimento do mercado, as empresas já preparam seus portfólios para atender à demanda que está a caminho. No mercado, existem atualmente elevadores com capacidade de 800 a 2 mil kg e que podem chegar a até 180 m de altura. A Montarte, por exemplo, oferece


Os dias dos elevadores a cabo estão contados nos canteiros de obras brasileiros. Isso porque a portaria n° 664 do Ministério do Trabalho e Emprego estabelece que os novos elevadores instalados a partir do dia 10 de maio de 2014 devem atender às exigências da NBR 16200, da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).

A norma – que rege parâmetros de segurança, fabricação e instalação de elevadores de passageiros e carga em canteiros de obras – traz exigências que na prática proíbem o uso de elevadores a cabo nesse tipo de operação, apertando o “botão” que faltava para elevar de vez o mercado nacional de ascensores a cremalheira. “Os elevadores tracionados por cabo de aço passam a ter uso restringido nos canteiros de obras por uma questão de capacidade de carga, altura e espaço disponível dentro da cabine”, contextualiza Carlos Eduardo Viégas Alves, engenheiro da Mecan, empresa que atua nesse mercado fornecendo elevadores de cremalheira com capacidades de carga de 1,2 e 2 t.

Outro player atento às novas exigências normativas para elevadores utilizados em canteiros de obras é a Montarte. Segundo Wagner Lima, diretor técnico da empresa, agora há uma lista de exigências técnicas que basicamente proíbem o elevador a cabo de transportar pessoas nesse ambiente. O detalhe é que mesmo os elevadores instalados antes da norma entrar em vigor só podem ser utilizados até um ano após a efetivação da portaria, ou seja, até maio de 2015. “Agora, há exigências unificadas tanto para elevadores a cabo quanto de cremalheira”, detalha o especialista (confira lista com outras exigências no quadro da pág. 82). “Isso inclui instalação de célula de carga, que é o sistema que impede a sobrecarga, e relés de monitoramento de segurança nas cancelas e na cabine, garantindo a parada da cabine em caso de abertura de emergência, da porta ou da cancela.”

CREMALHEIRA

Com o inevitável aquecimento do mercado, as empresas já preparam seus portfólios para atender à demanda que está a caminho. No mercado, existem atualmente elevadores com capacidade de 800 a 2 mil kg e que podem chegar a até 180 m de altura. A Montarte, por exemplo, oferece dois modelos de elevadores de cremalheira, sendo um de 1,3 t e outro de 2 mil t líquidas na cabine. “Essas máquinas são utilizadas em torres eólicas, em canteiros de obras e diversas aplicações off-shore”, diz Lima.

Segundo ele, a maior demanda para elevadores de cremalheira está entre o final de fechamento de periferia dos andares e início do acabamento em obras prediais. “Assim, verificamos o pico de pessoas que a obra terá e, a partir desse dado, fazemos o cálculo do equipamento ideal mediante a quantidade e velocidade de transporte que são requeridas na obra”, explica o especialista, ressaltando que os equipamentos da Montarte trabalham a até 63 m por minuto, uma velocidade considerada alta e que permite redução na quantidade de cabines a serem instaladas na obra.

Para Reynaldo Fraiha, diretor da Fercunha, em muitos países o elevador de cremalheira já é o equipamento mais utilizado para transporte de pessoas e materiais por aliar capacidade de carga e velocidade, num nível de eficiência muito difícil de ser alcançado com modelos tracionados a cabo. “O elevador de cremalheira atende a todas as exigências normativas e, além disso, pode incorporar as tecnologias utilizadas em elevadores prediais”, diz ele. “No entanto, o equipamento não pode ser operado automaticamente, em função das exigências brasileiras de que um operador acione os elevadores usados em obra.”

O especialista acrescenta que os elevadores de cremalheira permitem a utilização de portas, que se adaptam melhor às obras, além de possibilitarem a utilização da cabine para uso externo, aprimorando a operação e dando maior segurança ao próprio equipamento. “O dimensionamento dessas máquinas é feito de forma personalizada, ou seja, de acordo com a necessidade de cada obra”, explica Fraiha. “Outra vantagem importante em relação aos modelos a cabo é a possibilidade de dimensionamento de duas cabines para uma só torre de tração.”

COMPARATIVO

Os equipamentos de cremalheira são pré-montados, mecânica e eletricamente. Uma análise comparativa da Rack Elevadores, outro fabricante desse tipo de tecnologia, indica que um elevador de cremalheira para uso em construção civil exige um tempo de instalação de uma semana, enquanto o elevador a cabo demanda pelo menos o dobro. No caso de obras industriais, o tempo é ainda mais longo, de três a quatro semanas para o mecanismo usando a cremalheira, contra dez a 12 semanas para o dispositivo convencional.

A fixação é outro ponto a favor, pois quando equipada com gravatas metálicas a tecnologia de cremalheira permite uma fixação mais segura do elevador. Já os elevadores a cabo são fixados apenas com cabos de aço. Por ser “engenheirado”, o elevador de cremalheira também trabalha com velocidade constante, enquanto o equipamento a cabo tem velocidades variáveis, pois inicia o movimento com um determinado número de voltas no tambor de enrolamento e termina com várias voltas (a mais ou a menos), o que implica em alteração da velocidade.

Desse modo, a velocidade aumenta ou diminui ao longo do percurso, enquanto o elevador de cremalheria possui um sistema de engrenamento que confere uma velocidade constante, além de um dispositivo de frenagem que entra em ação quando a velocidade excede 20% a especificada.

FRENAGEM

Na frenagem, a variação da velocidade do elevador a cabo exige uma supervisão mais rígida, uma vez que o equipamento normalmente encontra-se desregulado, apresentando significativa variação de velocidade. Outro aspecto crucial é a proximidade dos cabos de freio e das guias do elevador, o que resulta em uma lubrificação inadequada desses cabos, que pode provocar falhas.

Por outro lado, o sistema de frenagem do elevador de cremalheira é de alta precisão mecânica, da ordem de décimos de milímetro, efetivamente calibrado e sem folgas. Segundo os especialistas, em seu interior há uma carcaça com um cone macho, em uma distância exata de 1,5 mm, de forma que seja possível monitorar a velocidade. Quando essa distância é ultrapassada, a sapata se desloca e engasta num dente. Trata-se de um mecanismo de engastamento do cone macho contra a carcaça que, auxiliado por um sistema de mola, freia progressivamente o elevador até pará-lo completamente, desligando o freio motor.

 

 

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