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Revista M&T - Ed.215 - Agosto 2017
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A Era das Máquinas

As motoniveladoras lendárias

A venerada Caterpillar No 12 foi lançada em 1957 e tornou-se elemento central da agressiva estratégia da empresa no segmento de motoniveladoras, com a produção de mais de 4.200 unidades nos EUA
Por Norwil Veloso

Com diversas séries e uma única mudança de modelo, a motoniveladora No 12 Auto Patrol permaneceu em fabricação por mais de 50 anos, tornando-se uma lenda da indústria. A máquina foi lançada pela Caterpillar em 1938, com diversos aperfeiçoamentos em relação às concorrentes da época: trazia um sistema de elevação da lâmina por engrenagens, em lugar dos sistemas de parafuso dos modelos mais antigos, e inclinação das rodas dianteiras como item de série.

Foi a primeira motoniveladora da marca com rodas em tandem, equipada com uma transmissão mecânica com seis marchas à frente e duas à ré e motor a diesel de 70 hp (ou a gasolina de 66 hp, a partir de 1942), sendo a única mantida em produção pela fabricante durante a Segunda Grande Guerra Mundial.

INOVAÇÕES

O nome Auto Patrol foi abandonado em 1939 e as séries foram se sucedendo, alterando algumas características da versão a diesel inicial. A potência, por exemplo, aumentou progressivamente de 75 hp (em 1945) para 100 hp (em 1947) e 115 hp (em 1955). As máquinas também receberam um sistema de deslocamento lateral do círculo, que permitia a execução de alguns trabalhos diferenciados, como acabamento de fundo de vala, taludamento, espalhamento de material a partir das laterais e outros. Em 1950, a estrutura foi modificada, passando para seção em caixa.

Em 1955 a máquina recebeu embreagem em banho de óleo, que já vinha sendo usada em tratores de esteiras, possibilitando um melhor controle da velocidade durante a execução dos serviços. Outras inovações incluíam um pedal de aceleração e desaceleração, que permitia maior concentração do operador no trabalho da lâmina (1956), pneus sem câmara (1956) e partida elétrica standard (1957).

Em 1959, foi lançada uma nova série, designada como 12E, com motor D333, transmissão de seis marchas à frente e duas à ré e pneus 13.00 – 24. Essa série sofreu diversos aperfeiçoamentos ao longo do tempo: purificador de ar seco (1960), freios autorreguláveis, reforço dos braços de elevação e lâmina resistente à abrasão (1961), nova transmissão com maior velocidade e quatro marchas à ré (1962), escarificador traseiro (1963) e freio da lâmina para impedir o deslizamento (1964). O peso inicial, de 9.


Com diversas séries e uma única mudança de modelo, a motoniveladora No 12 Auto Patrol permaneceu em fabricação por mais de 50 anos, tornando-se uma lenda da indústria. A máquina foi lançada pela Caterpillar em 1938, com diversos aperfeiçoamentos em relação às concorrentes da época: trazia um sistema de elevação da lâmina por engrenagens, em lugar dos sistemas de parafuso dos modelos mais antigos, e inclinação das rodas dianteiras como item de série.

Foi a primeira motoniveladora da marca com rodas em tandem, equipada com uma transmissão mecânica com seis marchas à frente e duas à ré e motor a diesel de 70 hp (ou a gasolina de 66 hp, a partir de 1942), sendo a única mantida em produção pela fabricante durante a Segunda Grande Guerra Mundial.

INOVAÇÕES

O nome Auto Patrol foi abandonado em 1939 e as séries foram se sucedendo, alterando algumas características da versão a diesel inicial. A potência, por exemplo, aumentou progressivamente de 75 hp (em 1945) para 100 hp (em 1947) e 115 hp (em 1955). As máquinas também receberam um sistema de deslocamento lateral do círculo, que permitia a execução de alguns trabalhos diferenciados, como acabamento de fundo de vala, taludamento, espalhamento de material a partir das laterais e outros. Em 1950, a estrutura foi modificada, passando para seção em caixa.

Em 1955 a máquina recebeu embreagem em banho de óleo, que já vinha sendo usada em tratores de esteiras, possibilitando um melhor controle da velocidade durante a execução dos serviços. Outras inovações incluíam um pedal de aceleração e desaceleração, que permitia maior concentração do operador no trabalho da lâmina (1956), pneus sem câmara (1956) e partida elétrica standard (1957).

Em 1959, foi lançada uma nova série, designada como 12E, com motor D333, transmissão de seis marchas à frente e duas à ré e pneus 13.00 – 24. Essa série sofreu diversos aperfeiçoamentos ao longo do tempo: purificador de ar seco (1960), freios autorreguláveis, reforço dos braços de elevação e lâmina resistente à abrasão (1961), nova transmissão com maior velocidade e quatro marchas à ré (1962), escarificador traseiro (1963) e freio da lâmina para impedir o deslizamento (1964). O peso inicial, de 9.600 kg, atingiu 11 ton. Fora dos Estados Unidos, a maior quantidade de máquinas desse modelo foi produzida no Brasil.

NOVOS MODELOS

Em 1963 a Caterpillar lançou a motoniveladora No 16, com motor de 200 hp, transmissão power shift e diversos aperfeiçoamentos, que acabaram por ser usados nas máquinas menores (No 12 e No 14).

Um novo modelo baseado na máquina No 12, a 120, foi lançado em 1964, com características muito semelhantes, mas uma lâmina para serviços mais leves. Essas máquinas foram produzidas no Canadá, África do Sul, Estados Unidos, Argentina e Brasil.

Em 1965, foi lançada a linha F, que incorporou diversas novidades lançadas na motoniveladora No 16, como embreagem de disco duplo em banho de óleo, controles planetários da lâmina com acionamento hidráulico (que travavam quando a transmissão era colocada em neutro), deslocamento lateral da lâmina com acionamento hidráulico (opcional), conjunto reforçado de eixo dianteiro e círculo, acionamento hidráulico da inclinação das rodas dianteiras e freios hidraulicamente assistidos nas rodas traseiras.

As motoniveladoras 12F e 120 tiveram diversos aperfeiçoamentos em 1968 e 1969. Uma transmissão power shift com seis marchas à frente e seis à ré passou a ser oferecida como alternativa, mantendo-se também a transmissão mecânica de engreno constante, com seis marchas à frente e quatro à ré. A cabina foi redesenhada e passou a ser oferecido deslocamento hidráulico lateral da lâmina (com largura de 3,60 m ou 4,20 m e altura de 0,60 m) como opção. Em 1972, o freio hidráulico nas quatro rodas e um sistema de dosagem de combustível por luva se tornaram padrão na 120. O peso, nessa altura, já era de 12,5 t.

Em 1968, a John Deere lançou a primeira motoniveladora articulada, a JD570, que veio alterar os conceitos vigentes até aquela época. A Caterpillar só lançou a primeira versão articulada da No 12 e da 120G, com controles totalmente hidráulicos, em 1974. A 120 de chassi rígido, contudo, continuou a ser produzida em outros países, principalmente no Brasil, de 1972 até 1984, quando foi substituída pela 120B, que, em diversas séries, se manteve em produção até 1990. Essas máquinas também foram fabricadas na África do Sul e Indonésia. A partir dessa época, as máquinas articuladas passaram a dominar o mercado.

IMPLEMENTOS

A Caterpillar também produziu diversos acessórios para suas motoniveladoras, destacando-se escarificadores e um estabilizador hidráulico instalado atrás da lâmina para reduzir o balanço e permitir o trabalho em maior velocidade.

Diversos outros fabricantes produziram implementos e acessórios para essas máquinas. A Ateco, por exemplo, produziu um equipamento de escavação não destrutiva para lançamento de cabos de comunicações e um compactador para instalação na traseira da máquina. Adquirida posteriormente pela Caterpillar, a Balderson produziu diversos implementos para toda a linha. Para motoniveladoras, destacam-se as lâminas em “V” para remoção de neve e as frontais anguláveis.

A Martin, por sua vez, lançou os implementos mais estranhos: uma carregadeira frontal de 0,76 m3, um rolo liso para instalação na traseira e uma caçamba tipo scraper com capacidade coroada de 4 m3, montada na estrutura da máquina. Esses equipamentos foram descontinuados após a aquisição da Martin pela Hyster em 1970.

A Omstel produziu equipamentos para remoção de neve e lâminas dianteiras anguláveis, entre outros. A Rivinius e a Ulrich produziram raspadores rebocáveis com correia para descarga em caminhões. Já a Preco produziu um controle automático da lâmina (ABC – Automatic Blade Control), que permitia maior precisão no posicionamento e podia ser programado para nivelamento ou taludamento, com tolerância de 3 mm (1/8”). A Rivinco ofereceu um sistema similar em 1971.

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