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Revista M&T - Ed.177 - Março 2014
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Empresa

Ampliando a oferta

Reagindo ao aumento da concorrência mas também das oportunidades, a Caterpillar reorganiza suas operações no Brasil, remodela produtos e transfere linhas de produção

Gigante mundial da construção, a Caterpillar vem redimensionando suas operações no Brasil para garantir a posição de liderança e, se possível, conquistar novos segmentos de uma indústria cada vez mais vigorosa e competitiva.

Apoiada por um programa de investimentos de 400 milhões reais deflagrado há pouco mais de três anos, a nova estratégia da empresa para a América Latina já começou a dar frutos com o primeiro lançamento da fábrica de Campo Largo (PR) – a linha de pás carregadeiras de pequeno porte da Série K – e a remodelagem de suas linhas de produtos.

“Somos ambiciosos, queremos continuar crescendo”, atesta o presidente da Caterpillar Brasil, Luiz Carlos Calil. “Nossa visão é de cinco a dez anos e, por isso, estamos focados em estabelecer uma comunicação cada vez mais eficaz para mobilizar mais pessoas e instrumentos nesse sentido.”

URGÊNCIA

Pedra angular dessa estratégia, a fábrica paranaense foi adquirida em 2010 e remodelada para suprir de imediato à demanda crescente, iniciando operações em tempo recorde, em outubro de 2011. “Precisávamos iniciar a produção o mais rápido possível”, relembra José Otavio Brüler, diretor geral da unidade de Campo Largo. “Por isso, optamos por construir essa nova fábrica a partir de uma estrutura pré-existente.”

A nova fábrica ocupa uma área de 1 milhão de m2 que já comportava uma infraestrutura de 40 mil m2, ocupada anteriormente por outras empresas, como a Chrysler. Dentre outros aspectos, a escolha levou em conta a proximidade do porto de Paranaguá (a 131 km) e a capacidade de expansão permitida pelo terreno. Definido o local, foram necessários apenas dez meses para adaptar a fábrica ao conceito CPS (Cat Production System) – o que incluiu a ampliação das instalações para 50 mil m2, reforço dos pilares e realização de treinamentos de pessoal em Piracicaba – e produzir a primeira retroescavadeira 416E, cuja linha migrou definitivamente para lá.

A empresa, aliás, realizou um estudo para definir quais produtos iria transferir para a nova unidade, que passaria a montá-los com exclusividade. “O conceito norteador foi de ampliar a capacidade no Brasil”, diz Calil. “E, para iniciar


Gigante mundial da construção, a Caterpillar vem redimensionando suas operações no Brasil para garantir a posição de liderança e, se possível, conquistar novos segmentos de uma indústria cada vez mais vigorosa e competitiva.

Apoiada por um programa de investimentos de 400 milhões reais deflagrado há pouco mais de três anos, a nova estratégia da empresa para a América Latina já começou a dar frutos com o primeiro lançamento da fábrica de Campo Largo (PR) – a linha de pás carregadeiras de pequeno porte da Série K – e a remodelagem de suas linhas de produtos.

“Somos ambiciosos, queremos continuar crescendo”, atesta o presidente da Caterpillar Brasil, Luiz Carlos Calil. “Nossa visão é de cinco a dez anos e, por isso, estamos focados em estabelecer uma comunicação cada vez mais eficaz para mobilizar mais pessoas e instrumentos nesse sentido.”

URGÊNCIA

Pedra angular dessa estratégia, a fábrica paranaense foi adquirida em 2010 e remodelada para suprir de imediato à demanda crescente, iniciando operações em tempo recorde, em outubro de 2011. “Precisávamos iniciar a produção o mais rápido possível”, relembra José Otavio Brüler, diretor geral da unidade de Campo Largo. “Por isso, optamos por construir essa nova fábrica a partir de uma estrutura pré-existente.”

A nova fábrica ocupa uma área de 1 milhão de m2 que já comportava uma infraestrutura de 40 mil m2, ocupada anteriormente por outras empresas, como a Chrysler. Dentre outros aspectos, a escolha levou em conta a proximidade do porto de Paranaguá (a 131 km) e a capacidade de expansão permitida pelo terreno. Definido o local, foram necessários apenas dez meses para adaptar a fábrica ao conceito CPS (Cat Production System) – o que incluiu a ampliação das instalações para 50 mil m2, reforço dos pilares e realização de treinamentos de pessoal em Piracicaba – e produzir a primeira retroescavadeira 416E, cuja linha migrou definitivamente para lá.

A empresa, aliás, realizou um estudo para definir quais produtos iria transferir para a nova unidade, que passaria a montá-los com exclusividade. “O conceito norteador foi de ampliar a capacidade no Brasil”, diz Calil. “E, para iniciar a operação, a escolha da retroescavadeira também levou em conta uma razão lógica, pois se trata de um produto que tem cerca de 70% da demanda na região Sul do país.”

Mais que isso, o mercado externo para esse tipo de equipamento também pode ter influenciado na decisão, pois a operação nacional é fonte para a América Latina. “A maior fatia de mercado para pás carregadeiras está no Brasil, com 70% da produção”, contextualiza John K. Rousch, gerente industrial da Caterpillar para a América Latina. “Já para retroescavadeiras é diferente, com mais exportação.”

RECORDE

Realizado a toque de caixa, o feito representou um recorde mundial para a empresa. “O projeto precisava ser rápido para atender ao volume de pedidos”, frisa Brüler. “E fizemos todo o esforço possível para que a fábrica começasse a operar já dentro do Sistema de Produção Caterpillar, que se baseia nos princípios do ‘lean manufacturing’.”

Além da qualidade dos equipamentos, o diretor refere-se a cuidados como treinamentos operacionais, layout da planta e fluxo interno de materiais. “Quando a fábrica já está estabelecida há muitos anos, as modificações ficam mais difíceis”, diz ele. “Mas ao fazer a remodelação, tivemos a oportunidade de preparar a fábrica com todos os movimentos logísticos ajustados. E fizemos questão de já começar dentro desse modelo.”

Alguns meses após o início da produção, precisamente em abril de 2012, a empresa apresentou o piloto da nova Série K de pás carregadeiras de rodas de pequeno porte, cuja linha inclui os modelos 924K, 930K e 938K e foi anunciada ao mercado no final do ano passado (leia Box acima). Mas o processo de transferência e ajustes não se encerrou, pois, segundo os executivos, outras mudanças podem ocorrer em breve. É o caso do trator de esteira D8R, do qual a operação de Piracicaba é fornecedora mundial e que migrará para outra fábrica, ainda não revelada. “Nesse sentido, a tendência é abrir espaço para outros modelos”, revela Calil. “Mas, no futuro, também podemos incorporar outros tipos de produtos, de modo a obter crescimento por outras variáveis.”

FORÇA DE TRABALHO

Atualmente, a unidade de Campo Largo tem 857 funcionários, com previsão de chegar a mil, como foi anunciado no seu lançamento. “Evidentemente, são números redondos, sendo que, quando o mercado muda e a produção aumenta em 5%, por exemplo, esse número é superado rapidamente”, afirma Calil. “Mas é sim uma fábrica para mil funcionários, em uma projeção de dois a três anos.”

Com 80% da força de trabalho no chão de fábrica absorvida na própria cidade, o executivo destaca que a fábrica desenvolve a mão de obra dentro das suas instalações, utilizando para isso a expertise adquirida em Piracicaba, a maior fábrica da Caterpillar no mundo em número de funcionários e a mais complexa, com 42 modelos de equipamentos. “Até por conta do tempo recorde em que fizemos essa fábrica funcionar, trouxemos algumas pessoas de Piracicaba para ajudar no desenvolvimento das pessoas aqui”, explica.

Além da continuidade, outro ponto importante para a operação, como pontua Calil, foi a atração do fornecedor de fabricação CCS, que emprega mais 200 pessoas e se estabeleceu na cidade de Palmeira, há 30 km de distância da fábrica. “Desenvolvemos essa parceria há pouco mais de 10 anos”, explica o presidente. “E eles aceitaram vir para cá e fornecer uma série de componentes para nós, justamente do tipo que precisamos ter próximo às nossas operações.”

Como se vê, a aposta da gigante norte-americana no Brasil é ambiciosa e só o tempo dirá se foi acertada. Mas, respaldada por uma experiência de 59 anos no país, a Caterpillar Brasil – a única operação da empresa com fábricas na América Latina – acredita que a unidade de Campo Largo tem tudo para reforçar sua atuação como um dos maiores players da construção na região. “No Paraná, dizem que tem um sapo enterrado nesse terreno, pois duas fábricas já morreram aqui”, brinca o executivo. “Mas tenho absoluta certeza de que esta não morrerá.”

O que todos buscam é oportunidade, diz Calil

Segundo Luiz Carlos Calil, presidente da Caterpillar Brasil, a empresa vem mantendo sua participação de mercado dentro de uma faixa previsível, mesmo com a chegada de novos concorrentes. Segundo ele, é possível estipular projeções de crescimento até mesmo em um cenário no qual a capacidade produtiva supere a demanda. “A economia funciona assim e o que todos buscam é oportunidade”, avalia. “Assim, nos sentimos confortáveis em relação a isso, pois sabemos quais são os riscos e o que temos de fazer, trabalhando forte para nos mantermos assim.”

Questionado sobre as perspectivas de mercado, o executivo crava números vinculados ao comportamento da economia. Segundo ele, o PIB da infraestrutura deverá atingir o dobro do PIB nacional, algo em torno de 3% nos próximos anos. “Em 2014, espero que o PIB da infraestrutura seja de 4% a 4,5%”, projeta. “Em 2015, um pouco menor, pois será um ano pós-eleição e de ajuste de contas, mas de 2016 em diante poderá ser de 6% a 8%. Desse modo, acredito em um crescimento nessas proporções em nosso volume de negócio.”

Calil também afasta o pessimismo que teima em permear alguns agentes do setor.  “Tirando o MDA, o ano de 2013 não foi bom, mas acreditamos que 2014 será melhor, apesar de muita gente dizer o contrário”, apregoa. “O que não pode é haver precipitação, pois são investimentos de bilhões de dólares. Mas o fato é que nunca se investiu tanto em máquinas como agora.”

Remodelagem reforça competitividade de carregadeiras

Com investimento global de US$ 100 milhões, em setembro passado a Caterpillar apresentou ao mercado a nova linha de pás carregadeiras de rodas de pequeno porte da Série K, que inclui os modelos 924K, 930K e 938K. Segundo a empresa, as máquinas foram completamente remodeladas, incorporando motor C7.1 Acert (que atende aos requisitos de emissões EU Stage IIIA / EPA Tier 3) e novas funcionalidades, como sistema de transmissão hidrostática com controle eletrônico, articulação do braço no conceito de barra Z, engate rápido de implementos e outras.

Com ajuste fino de tração e velocidade, a linha traz alterações na cabine como o joystick montado no assento, além de alguns opcionais como tela secundária e câmera de ré. “Tínhamos seis modelos que viraram três”, diz o especialista de produtos Rodrigo Cera. “Agora, as carregadeiras oferecem caçamba com base mais longa e maior abertura, retendo melhor a carga. A capacidade de elevação também aumentou e o fator de enchimento ganhou um acréscimo de até 15%.”

 

 

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